Ao longo do tempo estas duas galáxias duelam entre si, formando uma ponte cósmica de estrelas, gases e poeira cósmica que se espalha por 75.000 anos luz, unindo-as.
Essa ponte propriamente dita é uma evidência forte de que esses dois imensos Sistemas estelares têm passado perto entre si e experimentado violentas marés induzidas pela mútua gravidade.
Como provas adicionais desse malabarismo cósmico, a galáxia que mostra sua face (NGC 3808A) exibe um surto de produção estelar observado pela farta presença de aglomerados com estrelas azuis jovens.
Em contrapartida, a retorcida galáxia à esquerda que se mostra perfilada (NGC 3808B) e parece estar amarrada pelo material da ponte de galáxias e envolvida por um curioso anel polar.
Juntas, o par de galáxias desse sistema foi catalogado formalmente como Arp 87. Essas galáxias foram classificadas morfologicamente como peculiares.
Sabemos que essas interações se alongam por bilhões de anos, em repetidas passagens que ultimamente resultarão na ‘morte’ de uma das galáxias, ou seja, que apenas uma galáxia maior irá eventualmente sobreviver, absorvendo a companheira. Embora esse cenário possa para nós parecer exótico, as fusões galácticas são fenômenos relativamente comuns. Arp 87 representa um exemplo de uma fase deste processo inevitável.
O par Arp 87 reside a cerca de 300 milhões de anos luz de distância na direção da constelação do Leão (Leo). Uma terceira galáxia visível com destaque nesse quadro, abaixo e à esquerda, não está envolvida nesse processo pois está bem mais distante e não interfere no sistema Arp 87.
Fonte
APOD: Arp 87: Merging Galaxies from Hubble – créditos: NASA, ESA, Hubble Space Telescope; Processamento: Douglas Gardner
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