A sonda Dawn atingiu a sua órbita de mapeamento de Ceres mais baixa, a LAMO (Low-Altitude Mapping Orbit), a apenas 385 quilómetros de altitude. As primeiras imagens, com uma resolução de 35 metros por pixel, já começaram a chegar e mostram detalhes espectaculares do planeta anão.
A partir desta órbita espera-se que seja possível determinar inequivocamente a composição do material responsável pelas 130 “manchas brancas” conhecidas na superfície. Um estudo preliminar aponta para a possibilidade de se tratarem de depósitos de sal deixados para trás pela sublimação de água à superfície (na qual o sal estava dissolvido). Não se trataria do nosso sal de mesa comum (cloreto de sódio) mas antes de sulfato de magnésio hexahidratado.
Um outro estudo demonstrou a existência de argilas ricas em amónia, um composto que existiria no estado sólido apenas em regiões muito mais afastadas do Sol durante a formação do Sistema Solar. A sua presença em Ceres sugere que este poderia não ter-se formado na sua posição actual mas antes a uma distância equiparável à de Neptuno, tendo posteriormente migrado como resultado de um “grande jogo de bilhar planetário” que teve lugar no Sistema Solar infante.
(Fonte: NASA)
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