A Cassini iniciou anteontem a transição entre a segunda fase equatorial e a segunda fase inclinada da missão Solstício, com o primeiro de uma sequência de encontros próximos com a lua Titã. Esta transição assinala um momento importante na missão – o fim dos encontros frequentes entre a sonda da NASA e as luas regulares de Saturno. De agora em diante, a Cassini focará a sua atenção na lua Titã, no sistema de anéis e na atmosfera saturniana, realizando apenas observações ocasionais distantes de algumas das luas geladas do planeta.
A lua Mimas num mosaico de 4 imagens obtidas pela sonda Cassini, a 14 de janeiro de 2016.
Crédito: NASA/JPL-Caltech/Space Science Institute/Sérgio Paulino.
Antecipando a despedida da fase equatorial, a Cassini realizou na semana passada uma última passagem por algumas das luas interiores de Saturno, incluindo Mimas e a pequena lua Telesto. O encontro com Mimas concretizou-se a uma distância de 27558 km, o que permitiu a captação de um conjunto de imagens de alta resolução do hemisfério oposto ao da cratera Herschel. Esta região é particularmente interessante porque exibe uma série de canhões profundos provavelmente esculpidos pelas ondas de choque geradas pelo impacto que criou a gigantesca cratera.
A pequena lua Telesto vista pela Cassini, a 14 de janeiro de 2016.
Crédito: NASA/JPL-Caltech/Space Science Institute.
Após o encontro com Mimas seguiu-se uma passagem a apenas 15184 km de distância de Telesto, uma das duas luas troianas de Tétis. Telesto reside no ponto lagrangiano L4 do sistema Saturno-Tétis e apresenta uma superfície surpreendentemente lisa, provavelmente composta por finas partículas de gelo provenientes do anel E. Na imagem de cima podemos ver uma das maiores crateras da pequena lua, uma estrutura com aproximadamente 7 km diâmetro.
1 comentário
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