O objeto de massa planetária chamado J2126, anteriormente pensado como sendo um planeta solitário, orbita a sua estrela-mãe na maior órbita já descoberta até agora no universo, de acordo com uma equipa de astrônomos liderada pelo Dr. Niall Deacon, da Universidade de Hertfordshire, no Reino Unido.
O J2126, cujo nome completo é 2MASS J21265040-8140293, tem cerca de 13 vezes a massa de Júpiter.
Sua órbita é de aproximadamente 6900 Unidades Astronômicas de distância da sua estrela, a TYC 9486-927-1, uma estrela ativa, de rotação rápida e classificada como sendo do tipo Anã-M.
Essa é uma órbita 6900 vezes maior que a distância da Terra ao Sol, ou seja, aproximadamente 1 trilhão de quilômetros (mais longe que Sedna está do Sol). Nessa sua órbita, o planeta leva 900.000 anos para completar uma volta ao redor da sua estrela.
O planeta foi registrado pela primeira vez em 2008 pelo astrônomo Neill Reid do Space Telescope Science Institute.
Em 2014, uma equipe de astrônomos do Canadá identificou ele como sendo o possível membro de um grupo de estrelas com 45 milhões de anos de vida e anãs marrons/castanhas conhecido como Tucana Horologium Association. Isso fez com que o objeto fosse muito jovem e tivesse pouca massa para ser classificado como um planeta solitário.
Até agora, ninguém havia sugerido que o J2126 e a estrela TYC 9486-927-1 estivessem conectados de alguma forma.
O Dr. Deacon e seus colegas da Alemanha, Austrália e dos EUA, descobriram que esses dois objetos estão se movendo através do espaço, juntos, e estão a uma distância de 104 anos-luz do Sistema Solar, implicando que eles estão sim associados.
“Esse é o maior sistema planetário já encontrado e ambos os membros são bem conhecidos por 8 anos, mas ninguém até então tinha feito a conexão entre eles antes”, disse o Dr. Deacon.
“O planeta não é solitário como nós pensávamos anteriormente, mas ele certamente está numa relação de grande distância com a sua estrela”.
De acordo com a equipe, o J2126, tem uma massa, uma idade, um tipo espectral e uma temperatura, semelhante a um exoplaneta muito bem estudado, o Beta Pictoris b.
“Comparado ao Beta Pictoris b, o J2126 está mais de 700 vezes mais distante de sua estrela, mas como esse imenso sistema planetário se formou e sobreviveu ainda permanece uma questão em aberto”, disse o Dr. Simon Murphy, membro da equipe, da Universidade Nacional Australiana.
Fontes:
Sci-news
Artigo científico
1 comentário
Isto vai dar asneira. As relações à distância não funcionam 🙂