Um possível lago congelado na superfície de Plutão. Imagem obtida pela sonda New Horizons, a 14 de julho de 2015.
Crédito: NASA/Johns Hopkins University Applied Physics Laboratory/Southwest Research Institute.
Acumulam-se evidências de que Plutão poderá ter albergado no passado as condições necessárias para a presença de compostos voláteis líquidos na sua superfície. Uma das imagens obtidas pela sonda New Horizons no passado mês de julho mostra claramente o que parece ser um lago congelado com cerca de 30 km de comprimento, localizado nas montanhas a norte de Sputnik Planum.
“Além deste possível antigo lago, vemos também evidências de canais que poderão ter transportado líquidos em Plutão”, disse Alan Stern, investigador principal da missão e primeiro autor de um artigo sobre este tópico, recentemente submetido à revista Icarus. É possível que alterações cíclicas na inclinação do eixo de rotação de Plutão possam ter criado no passado condições climatéricas favoráveis à formação de rios e lagos de azoto líquido na superfície do planeta anão.
4 comentários
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Tenho uma duvida e espero que os amigos do astropt possa tira-la. Entendo que agua em estado liquido fora da zona habitavel de uma estrela pode existir, ta ai europa e outras como exemplo, mas um lago exposto congelado em um corpo celeste tão distante do sol, como ele poderia ser criado?
Oi Atamar,
Imagine que Plutão tem água (molécula de água existe em todo o lado) – note no entanto que a notícia é sobre nitrogénio líquido ou congelado. Está muito longe do Sol. Logo, a água está congelada.
No entanto, como a órbita é elíptica, por vezes está mais longe, outras vezes mais perto.
Quando está mais longe, tem gelo. Quando está mais perto, pode derreter e ficar água no estado líquido.
Pode imaginar ciclos intermináveis de “harmónica” no interior de Plutão, de modo que por vezes tem gelo e outras vezes mais favoráveis ao estado líquido.
abraços
Obrigado amigo, juraria de pé junto que agua em estado liquido em corpos celestes nessas distancias fossem como europa ou encelado, vivendo e aprendendo 🙂
E tem razão.
Até ao ano passado tinha razão.
Até se encontrar a surpresa de Plutão 😉
A partir daí teve que se pensar em novas formas de poder ter isso… sem precisar de um grande planeta por perto 😉
O “vivendo e aprendendo” neste caso serve até mais para as descobertas que se vão fazendo devido à ciência 😀
Até 2014 não se concebia isso. Em 2015 encontrou-se a surpresa em Plutão. E hoje imaginam-se cenários para poder criar aquilo que Plutão tem. Aprende-se enquanto se descobre 😉
abraços!