Astrônomos identificam o gatilho da Supernova mais nova da Via Láctea: G1.9+0.3

Crédito: X-ray (NASA/CXC/CfA/S.Chakraborti et al.)

Crédito: X-ray (NASA/CXC/CfA/S.Chakraborti et al.)

Os cientistas usaram os dados do Observatório de Raios-X Chandra da NASA e do Jansky Very Large Array da NSF, para determinar a fonte mais provável da mais recente supernova na Via Láctea.

Os astrônomos anteriormente tinham identificado a G1.9+0.3 como a remanescente de supernova mais recente na nossa galáxia. Estima-se que ela tenha ocorrido há cerca de 110 anos, se observada desde o ponto de vista da Terra, numa região empoeirada da galáxia que bloqueia a luz visível que atinge a Terra.

Essa imagem do Chandra mostra a G1.9+0.3 . Os raios-X de baixa energia são mostrados a vermelho, os raios-X de energia média são mostrados a verde, e os raios-X de alta energia são mostrados a azul.

A G1.9+0.3 pertence à categoria de supernovas classificadas como Tipo Ia, uma importante classe de supernovas que exibe padrões confiáveis no seu brilho, o que faz delas ferramentas valiosas para medir a taxa com a qual o universo se expande.
A maior parte dos cientistas concordam que as supernovas do Tipo Ia ocorrem quando as anãs brancas, as partes remanescentes de estrelas parecidas com o Sol que já esgotaram seu combustível, explodem. Contudo, existe um debate sobre o que dispara essas explosões de anãs brancas. As duas hipóteses principais são: a acumulação de material na anã branca a partir de uma companheira ou a violenta fusão de duas anãs brancas.

Os pesquisadores nesse último estudo aplicaram uma nova técnica que poderia ter implicações para entender outras supernovas do Tipo Ia. Eles usaram dados de arquivos do Chandra e do VLA para examinar como a remanescente de supernova G1.9+0.3 em expansão interage com o gás e com a poeira ao redor da explosão. A emissão de ondas de rádio e de raios-X fornece pistas sobre a causa da explosão. Em particular, com o tempo, um aumento no brilho das ondas de rádio e de raios-X da remanescente de supernova é esperado somente se uma fusão de anã branca acontece, de acordo com os modelos teóricos.

Esse resultado implica que as supernovas do Tipo Ia: são todas causadas pela colisão de anãs brancas, ou são causadas pela mistura de colisões de anãs brancas e o mecanismo onde a anã branca puxa material de uma estrela companheira. Isso é importante para identificar o mecanismo que dispara as supernovas do Tipo Ia, pois, se existe mais que uma causa, então a contribuição de cada uma pode mudar com o tempo, afetando seu uso como “velas padrões” na cosmologia.

Fonte: Chandra Observatory

2 comentários

  1. Grata, Sérgio por sempre estar nos atualizando dos últimos acontecimentos em astronomia, muito legal

  2. Grata, Sérgio sempre nos atualizando com as principais notícias e acontecimentos, muito legal, Abraços

Deixe um comentário

O seu endereço de email não será publicado.

Este site utiliza o Akismet para reduzir spam. Fica a saber como são processados os dados dos comentários.