A Lua em raios gama observada pelo FERMI LAT

http://apod.nasa.gov/apod/image/1604/FermiMoon7y_SigMap_hot_nogrid.png

Mapa da Lua no espectro de raios Gama (FERMI LAT)

Se pudéssemos ver apenas ver no espectro dos raios gama, fótons que possuem um bilhão de vezes ou mais energia que a luz visível, a nossa Lua seria mais brilhante que o nosso Sol, por incrível que possa parecer!

Essa noção desconcertante é demonstrada nessa imagem da Lua, baseada em dados coletados pelo telescópio de ampla área LAT do observatório espacial de raios gama FERMI (Fermi Gamma-ray Space Telescope Large Area Telescope). O instrumento LAT capturou essas informações da Lua durante os primeiros sete anos de operação (2008-2015).

A visão em raios gama do observatório FERMI não consegue discernir detalhes da superfície lunar, mas o brilho em raios gama é consistente com o tamanho e posição nos céus da Lua, aqui claramente apresentada nesse mapa, construído em cores falsas, para melhor entendimento.

Os pixeis mais brilhantes correspondem às detecções mais significativas de raios gama lunares.

Mas fica a pergunta: por que a Lua no espectro dos raios gama é tão brilhante?

Partículas de alta energia eletricamente carregadas fluem através do Sistema Solar (raios cósmicos) e constantemente bombardeiam a superfície da Lua, desprotegida pela ausência de um campo magnético. A interação das partículas com a superfície lunar provoca o brilho em raios gama.

Uma vez que os raios cósmicos vêm de todas as direções do espaço, a ‘Lua-em-raios-gama’ é sempre Cheia, ou seja, não passa por fases, como observamos no espectro visível.

A primeira imagem em raios gama da Lua foi capturada pelo dispositivo EGRET a bordo do observatório espacial Compton (Compton Gamma-ray Observatory), lançado há 25 anos.

Fonte

APOD: Fermi’s Gamma-ray Moon – crédito da imagem: NASADOEInternational Fermi LAT Collaboration

._._.

1 comentário

    • Dinis Ribeiro on 05/05/2016 at 03:59
    • Responder

    Muito interessante…

    Uma sugestão sobre raios gama e a lua, que talvez já conheça:

    The Gamma Ray Spectrometers on the two Apollo missions were developed at UCSD and flown in 1971 (Apollo-15) and 1972 (Apollo-16).

    Link: http://cass.ucsd.edu/heag/APOLLO-15-16.html

    While in transit, Apollo-16 had the good fortune to detect and measure a gamma ray burst. This was the first example of a burst seen by two separate spacecraft. Vela 6A detected the burst at lower energies, while the Apollo-16 system detected it in the 67 keV to 5.1 MeV band.

    https://en.wikipedia.org/wiki/Vela_(satellite)#Role_of_Vela_in_discovering_gamma-ray_bursts

    The spectral shape was, in hindsight, the first example of the Band function for describing gamma ray burst spectra.

    Penso que é um assunto muito interessante: https://en.wikipedia.org/wiki/Gamma-ray_burst_emission_mechanisms

    As of 2007 there is no theory that has successfully described the spectrum of all gamma-ray bursts (though some theories work for a subset). However, the so-called Band function (named after David Band) has been fairly successful at fitting, empirically, the spectra of most gamma-ray bursts.

    https://en.wikipedia.org/wiki/David_Louis_Band

    Qual é o consenso sobre os (vários?) mecanismos que podem gerar os Gamma Ray Bursts?

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