Essa imagem do Telescópio Espacial Hubble, das agências espaciais NASA e ESA, mostra a galáxia espiral NGC 4845, localizada a cerca de 65 milhões de anos-luz de distância da Terra, na direção da constelação de Virgo (A Virgem). A orientação da galáxia claramente revela a sua bela estrutura espiral, um disco plano de poeira circundando um brilhante bulbo galáctico.
O centro brilhante da NGC 4845 abriga uma versão gigantesca de um buraco negro, conhecido como um buraco negro supermassivo. A presença de um buraco negro em galáxias distantes como a NGC 4845 pode ser inferida pelo seu efeito nas estrelas mais internas da galáxia. Essas estrelas experimentam uma forte atração gravitacional do buraco negro e orbitam o centro da galáxia com uma velocidade muito maior do que as estrelas mais externas.
A partir da investigação do movimento dessas estrelas centrais, os astrônomos podem estimar a massa do buraco negro central – para a NGC 4845 esse buraco negro tem uma massa de centenas de milhares de vezes a massa do Sol. Essa mesma técnica foi usada para descobrir o buraco negro supermassivo central da nossa Via Láctea, o Sagittarius A*, que tem cerca de 4 milhões de vezes a massa do Sol.
O núcleo galáctico da NGC 4845 não é apenas supermassivo, mas também super-faminto. Em 2013, os pesquisadores estavam observando outra galáxia, quando eles notaram uma violenta flare no centro da NGC 4845. A flare veio do buraco negro central enquanto ele se alimentava e consumia um objeto muitas vezes mais massivo que Júpiter. Uma anã marrom/castanha ou um grande planeta passou muito perto e foi devorado pela “fúria” e pela “fome” do núcleo da NGC 4845.
Fonte: NASA
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