Um tipo de objeto que o Telescópio Espacial Hubble mais tem observado durante a sua jornada são as Nebulosas Planetárias. Além disso, várias das imagens mais espetaculares que o Hubble fez até hoje estão relacionadas a esse tipo de objeto. Porém, não são só belas imagens; o Hubble tem ajudado os astrônomos a desvendarem vários mistérios das nebulosas planetárias.
Antes de mais nada precisamos entender o que são as nebulosas planetárias. Apesar do nome, esses objetos não têm nada a ver com planetas.
Elas receberam esse nome por William Herschel em 1780, que descobriu esse tipo de objeto. Embora soubesse que elas não eram planetas, pois não se movimentavam no céu, a sua imagem no telescópio, lembrava muito a imagem dos planetas que eram observados.
À medida que a astronomia evoluiu, os astrônomos puderam então observar esses objetos com detalhes cada vez maiores, detalhes esses que revelaram a intrigante estrutura e natureza das nebulosas planetárias.
Nebulosas Planetárias são conchas de gás que são aquecidas, ionizadas e iluminadas pela forte radiação da quente estrela presente no seu centro. As nebulosas brilham de forma colorida, devido à presença de diferentes gases nas cascas. As nebulosas planetárias são fenômenos que duram pouco tempo na evolução estelar e normalmente são expelidas pela estrela na sua fase final de vida.
Uma das nebulosas planetárias mais famosas é a Nebulosa do Anel, que brilha de forma intensa nas cores azul-esverdeado, vermelho e laranja; as regiões assumem essas cores, devido à presença de oxigênio, hidrogênio e nitrogênio.
Além de nebulosas circulares, como a Nebulosa do Anel, existem também nebulosas com formas diferentes. Outra forma bastante característica desse tipo de objeto é a forma de lobos duplos expelidos um de cada lado da estrela.
Um belo exemplo desse tipo de nebulosa é a a Nebulosa dos Jatos Gêmeos, ou PN M2-9.
Essa nebulosa, como outras, assume essa forma bipolar, pois na verdade ela não é gerada por uma estrela, mas sim por duas.
Os lobos nada mais são do que intensos jatos de gás gêmeos sendo expelidos para o espaço, a uma velocidade de um milhão de quilômetros por hora. À medida que eles viajam, eles mudam gradualmente sua orientação com o tempo, se contorcendo, da mesma maneira que acontece quando você observa um sistema de irrigação ligado molhando um jardim.
A identificação e a caracterização desses objetos só foi possível com a tecnologia presente no Telescópio Espacial Hubble, e, embora as imagens sejam fantásticas, esses sistemas binários e suas nebulosas ainda são objetos misteriosos e o Hubble ainda tem muito o que explorar.
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