Quanto mais se estuda os buracos negros, mais mistérios são encontrados; quanto mais mistérios, mais interessante fica seus estudos; aliás deve ser isso que fascina muitas pessoas a estudarem os buracos negros.
Já sabemos que os buracos negros basicamente se dividem em três classes:
– os de massa estelar (dezenas de vezes a massa do Sol, os que geraram as ondas gravitacionais quando colidiram),
– os de massa intermediária (ainda misteriosos, pois seu horizonte de eventos é difícil de ser detectado)
– e os monstruosos buracos negros supermassivos que residem no núcleo da grande maioria das galáxias no universo.
A Via Láctea tem um buraco negro supermassivo no seu interior, que tem uma massa equivalente a 4 milhões de vezes a massa do Sol.
Uma questão que sempre é levantada, é a seguinte: Como se pode descobrir os buracos negros, se nada, nem a luz, escapa da sua força gravitacional? Bem, isso já é meio dominado, e o que se observa são seus efeitos no ambiente ao seu redor: estrelas se movendo muito rápido, jatos de material sendo emitidos a velocidades relativísticas, entre outros.
E com tudo isso em mente, os astrônomos e astrofísicos atualmente estão relativamente bem treinados para encontrar os buracos negros, tão bem treinados que às vezes a descoberta acontece meio por acaso.
Na verdade, foi isso que aconteceu recentemente. Astrônomos da instituição australiana CSIRO estavam testando um novo telescópio, na verdade, um radio-telescópio chamado de Australian Square Kilometre Array Pathfinder, ou ASKAP.
Quando eles observavam uma galáxia, chamada IRAS 20100-4156 eles notaram medidas anômalas nas medidas de emissão de gases, esses gases estavam sendo emitidos a cerca de 600 km/s, o que era pensado incomum para essa galáxia.
E foi essa emissão de gases em alta velocidade que indicou para os astrônomos a presença surpreendente de um buraco negro supermassivo no interior da galáxia.
Agora, para deixar tudo ainda mais complexo e misterioso: essa galáxia não é uma só, mas sim 3 galáxias se colidindo e se fundindo numa só. Essa gigantesca colisão pode estar formando esse colossal buraco negro.
E qual a massa dele?
Cerca de 3.8 bilhões de vezes a massa do Sol.
A implicação desse tipo de estudo é entender como as galáxias se formaram e evoluíram no universo. Quem veio primeiro, os buracos negros ou as galáxias? Será que eles se formam juntos? Será que um depende do outro para viver? Todas essas perguntas ainda estão em aberto na pesquisa de um dos mais interessantes, complexos e intrigantes objetos do universo.
Fonte: Futurism, Artigo Científico.
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