Afinal, o que essa bela galáxia pode nos contar sobre a taxa de expansão do Universo?
Provavelmente muita coisa!
A galáxia UGC 9391 em destaque na imagem não contém apenas as muito úteis estrelas Variáveis Cefeidas (marcadas em círculos vermelhos), mas também uma supernova tipo Ia (no X em azul), chamada de 2003du. A UGC 9391 dista cerca de 130 milhões de anos luz da nossa galáxia.
Esses dois tipos de objetos têm brilhos padrão e são as réguas que os astrônomos usam para medir distâncias no Cosmos. As estrelas Variáveis Cefeidas tipicamente são observadas relativamente próximas tanto na Via Láctea quanto em galáxias próximas, enquanto que as supernovas Ia podem ser vistas muito, muito mais longe.
Consequentemente, essa galáxia espiral é muito importante pois permite aos astrônomos realizarem calibrações entre as partes mais próximas (galáxias vizinhas) e as regiões muito distantes em nosso Universo Observável.
Para complicar, inesperadamente, uma análise recente de dados do telescópio espacial Hubble tanto da galáxia UGC 9391 quanto de várias galáxias similares refinou as contas dos cosmologistas, indicando que tanto as Cefeidas quanto as supernovas mostram que o Universo está expandindo ligeiramente mais rápido que o anteriormente estimado em medidas do Universo primordial.
Tendo em vista os múltiplos resultados bem sucedidos das medições do Universo primordial e a concordância cosmológica, os astrofísicos estão agora vigorosamente especulando sobre as possíveis razões para esta discrepância.
Explicações candidatas vão desde sugestões sensacionalistas, tais como a inclusão de incomuns componentes cosmológicos tais como a energia fantasma e a radiação negra, até os efeitos mundanos, que incluem eventuais erros estatísticos e fontes mal examinadas com erros sistemáticos.
Numerosas observações futuras estão sendo planeadas para ajudar a resolver esse enigma cosmológico.
Fonte
APOD: The Supernova and Cepheids of Spiral Galaxy UGC 9391 – Créditos da imagem: NASA, ESA, and A. Riess (STScI/JHU) et al.
Artigo Científico
A 2.4% Determination of the Local Value of the Hubble Constant
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