Geleiras/Glaciares de Plutão

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Plutão é frio. A sua temperatura superficial média é apenas 40 graus acima do zero absoluto.
Como pode, então, existir uma atividade glacial nesse distante e congelado corpo do Sistema Solar?

Vamos começar por entender as geleiras/os glaciares na Terra:

No nosso planeta, as geleiras/glaciares se formam quando uma quantidade suficiente de neve acumulada durante anos se torna gelo. A compressão da neve acumulada força a recristalização, formando grãos maiores que por sua vez crescem esmagando bolsões de ar e toda a estrutura torna-se mais densa com o passar dos anos.
Essa neve eventualmente se tornará uma geleira/glaciar.
O gelo é mais macio, se comparado com a rocha. Assim, sob o imenso peso da sua própria estrutura, a geleira pode se tornar plástica, o que significa que ela pode por exemplo descer pelo talude de uma montanha, ou até mesmo cruzar uma planície.

Algo similar acontece em Plutão, mas os materiais são diferentes.
As geleiras/glaciares de Plutão são feitas de nitrogênio, que é um tipo de gelo sólido, porém macio.
O gelo de água na superfície de Plutão, devido às temperaturas extremamente baixas, é duro como uma rocha.
Assim, como na Terra as geleiras/glaciares fluem sobre as rochas, em Plutão as geleiras de nitrogênio fluem sobre o gelo de água.

Porém, em Plutão existe outro fator importante: a densidade do gelo de água é bem menor do que a densidade do gelo de nitrogênio.
Assim, grandes blocos de gelo de água podem flutuar e se movimentar no gelo de nitrogênio que é mais macio, e dessa maneira é possível observar montanhas de gelo de água flutuando no coração congelado de Plutão.

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