Astrônomos anunciaram a descoberta do exoplaneta mais novo totalmente formado já detectado.
A descoberta foi feita usando a missão estendida do Telescópio Espacial Kepler da NASA, a K2, e o Observatório Keck em Mauna Kea no Hawaii.
O planeta recém-descoberto é chamado de K2-33b.
É um pouco maior que Netuno e completa uma volta ao redor da sua estrela a cada 5 dias.
Ele tem somente entre 5 e 10 milhões de anos de vida.
Se você considerar que a Terra está na fase adulta, e tem cerca de 4.5 bilhões de anos de vida, esse planeta é um recém-nascido literalmente.
Normalmente os exoplanetas são descobertos em estrelas de meia idade, com bilhões de anos de vida.
Essa descoberta é importante, pois preenche uma lacuna no entendimento da formação e evolução planetária.
O K2-33b foi descoberto usando a técnica de trânsito com o K2 e depois foi validado com observações realizadas pelo Keck. Medições em infravermelho feitas pelo Spitzer mostraram que o sistema estelar é circundado por um fino disco de detritos planetários.
No começo esse material obscurece a visualização da formação de planetas, mas depois de milhões de anos, essa poeira dissipa e é possível observar marcas de planetas jovens com o K2.
O facto surpreendente nessa descoberta, além da juventude do planeta, é ele estar muito próximo da estrela, o K2-33b está 10 vezes mais perto da estrela do que Mercúrio está do Sol. Voltamos àquela antiga discussão e questão, como um exoplaneta tão grande assim aparece tão perto da sua estrela, e sendo tão jovem?
Para os planetas mais velhos a explicação da migração é válida, mas para um planeta tão novo como esse, talvez a explicação mais plausível seja dele ter se formado onde foi encontrado.
Essa descoberta é importante para melhorar o entendimento sobre o processo de formação planetária, isso ajudará a entender melhor como a própria Terra e o Sistema Solar se formaram e consequentemente como acontece a formação de planetas em outros sistemas estelares.
Fonte: NASA
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