O maior jato relativístico de um buraco negro

O Telescópio Espacial Chandra da NASA, registou um jato relativístico emitido pelo buraco negro da galáxia Pictor A localizada a 500 milhões de anos-luz de distância da Terra, e que tem cerca de 300 mil anos-luz de comprimento.

Como na maioria das galáxias ativas, a Pictor A, possui no seu coração, no seu interior, um buraco negro supermassivo, com massa entre milhões e bilhões de vezes a massa do Sol.

O que tem de especial com esse buraco e com o seu jato?
Esse é o maior jato expelido por um buraco negro no universo conhecido.

Esses jatos normalmente são formados pela matéria que cai em direção ao buraco negro e parte dela é acelerada pela força descomunal do objeto gerando essas imensas e intensas emissões de energia.

Esses jatos são muito energéticos, e só é possível observá-los em comprimentos de onda de raios-X e de ondas de rádio, por isso, o Chandra é a ferramenta ideal para observar, não o buraco negro em si, mas o que acontece à sua volta.

Além dos jatos relativísticos, a estrutura de um buraco negro é mais complexa do que se pensava. O buraco negro possui também lobos de ondas de rádio, e esses lobos é que criam o ambiente ideal para que os jatos possam se propagar e continuamente acelerar os elétrons ali existentes.

Existem outras explicações para a formação e propagação desses jatos. Em galáxias muito distantes, em quasares, determinadas feições dos jatos podem ser parte da radiação cósmica de fundo que está sendo de alguma forma iluminada pelos elétrons de alta energia propagados pelos buracos negros.

O jato mais distante observado é o do Quasar GB 1428, localizado a cerca de 12.4 bilhões de anos-luz de distância da Terra.
Mas o título de maior jato relativístico produzido por um buraco negro pertence a Pictor A e à sua emissão de 300 mil anos-luz de comprimento.

Fonte: Forbes