Uma das fases finais do ciclo de vida de uma estrela massiva é uma explosão colossal, chamada de supernova.
Quando uma estrela explode numa supernova, a maior parte do seu material é expelido para o espaço a uma grande velocidade, formando uma nuvem de gás em expansão, chamada de remanescente da supernova.
Uma das mais famosas e belas é a chamada Nebulosa do Caranguejo. Essa nebulosa localiza-se a cerca de 6500 anos-luz de distância da Terra, na direção da constelação de Touro.
As imagens tradicionais dessa nebulosa mostram os seus intrigantes e espetaculares filamentos da nuvem em expansão, filamentos esses que pertencem às regiões externas da nebulosa.
O Telescópio Espacial Hubble já foi muito usado para estudar essa nebulosa e fazer imagens espetaculares de toda a sua complexidade.
Agora, os astrônomos usaram novamente o Hubble para estudar a Nebulosa do Caranguejo, mas de uma maneira diferente, investigando em detalhe o que acontece no seu interior, na parte central da nuvem de gás em expansão.
No centro da nebulosa existe o núcleo mais interno da estrela original, um estranho e exótico objeto chamado de estrela de nêutrons.
Essa estrela é feita basicamente de partículas subatômicas, os nêutrons. Uma estrela de nêutrons tem mais ou menos a mesma massa do Sol, porém toda essa massa está comprimida numa esfera de poucas dezenas de quilômetros. Ela gira muito rápido; neste caso, 30 vezes por segundo.
A região ao redor da estrela de nêutrons não é um lugar tranquilo, com processos físicos bastante violentos.
O Hubble foi capaz de registar os intrigantes detalhes do gás ionizado contendo um conjunto de cavidades e filamentos. O gás ao redor da estrela brilha intensamente, devido ao poderoso campo magnético gerado pela rápida rotação da estrela de nêutrons.
A Nebulosa do Caranguejo foi uma das primeiras a ter sido registada pelo ser humano, mais especificamente pelos chineses e japoneses. Quando ela surgiu no céu, era o segundo objeto mais brilhante no céu, perdendo só para a Lua. Depois, seu brilho foi diminuindo até ela se tornar invisível a olho nu.
Devido à sua estrutura, à sua complexidade e à sua importância histórica, a Nebulosa do Caranguejo é um objeto muito valioso para os astrônomos, principalmente pelo facto de poderem testar os modelos sobre a evolução estelar nessa nebulosa, o que é de suma importância para ajudar a entender a evolução do nosso universo.
Fonte: Space Telescope
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