Foi encontrado o robot Philae!

philae_abydos_67p_nac_osiris_rosetta_020916O robot Philae visto pela sonda Rosetta, a 02 de setembro de 2016, a uma distância de 2,7 km (escala da imagem: 5 cm/píxel).
Crédito: ESA/Rosetta/MPS para a equipa OSIRIS/UPD/LAM/IAA/SSO/INTA/UPM/DASP/IDA (imagem de contexto: ESA/Rosetta/NavCam).

Terminou a longa busca pelo robot Philae na superfície do cometa 67P/Churyumov–Gerasimenko! Imagens obtidas na semana passada pela sonda Rosetta mostram que o pequeno robot repousa inclinado numa fenda escura, junto à fronteira entre as regiões de Hatmehit, Bastet e Wosret. A sua orientação explica porque foi tão difícil reestabelecer as comunicações, depois de ter pousado na superfície do cometa, a 12 de novembro de 2014.

“A apenas um mês do final da missão Rosetta, estamos tão felizes por termos finalmente fotografado o Philae, e vê-lo em tão fabuloso detalhe”, disse Cecilia Tubiana, investigadora da equipa da câmara OSIRIS e a primeira pessoa a observar as imagens logo após terem sido transmitidas pela Rosetta.

Esta foi a primeira vez que o pequeno robot foi fotografado desde que tocou na superfície do cometa em Algikia e depois ressaltou para um voo atribulado de mais de duas horas até a um local mais tarde denominado Abydos. Após três dias de atividade, os níveis de energia na bateria primária desceram para valores muito baixos, o que fez com que o Philae entrasse em modo de hibernação, acordando apenas para comunicar brevemente com a Rosetta em junho e julho de 2015, pouco antes do cometa alcançar o periélio da sua órbita.

Os sinais de rádio emitidos pelo pequeno robot sugeriam que se encontrava numa área com um comprimento de apenas algumas dezenas de metros, contudo as imagens de baixa resolução tiradas a partir de distâncias relativamente elevadas permitiam apenas identificar um número de potenciais objetos candidatos. As novas imagens confirmam que o Philae se encontra nesta localização, o que permite aos cientistas contextualizar definitivamente com precisão os dados enviados pelo robot a partir da superfície do cometa.

“Esta notícia maravilhosa significa que possuímos agora a informação ‘verdadeira’ que nos faltava para colocar num contexto apropriado os três dias de ciência do Philae (…)!” disse Matt Taylor, cientista responsável da missão Rosetta.

Esta descoberta surge menos de um mês antes da descida final da Rosetta até à superfície do cometa. A 30 de setembro, a sonda será enviada numa última viagem só de ida para investigar de perto a superfície do cometa, incluindo os poços a céu aberto da região de Ma’at, onde se espera que as observações possam ajudar a revelar os segredos da estrutura interna do núcleo do cometa.

4 comentários

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    • Samuel Junior on 09/09/2016 at 15:58
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    Posso até estar sendo arrogante, mas o que aconteceu com a sonda foi erro puramente humano, cálculos mal feitos ou ausência de razoabilidade. Me lembro que na época a sonda descia a uma velocidade muito alta (se não estou enganado 1 metro por segundo). Não é preciso ser Newton ou Einstein que uma sonda a esta velocidade num objeto gravidade muitíssimo baixa iria dar errado. E deu errado: ela quicou várias vezes por uma longa distância até parar.

    Eu não lembro se a sonda tinha mecanismos para controlar sua velocidade de queda, mas devera ser no mínimo metade disto desta velocidade na minha opinião.

    1. Somente experimentando se pode desfazer todas as dúvidas. Foi isso que se fez: experimentou-se 😉

      É normal que na primeira vez, as coisas não corram de forma perfeita – apesar das nossas expectativas serem sempre muito elevadas 😉

      abraços

  1. Filho da mãe tinha de ir parar àquela fenda de nada onde dá a sombra! “Meia dúzia” de metros à frente e já tinha luz solar! Pontaria esta. 🙂

    1. LOLLLLLLLLLLLL 😀

      🙁

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