“Raios Gama e a Poeira do Cometa” por Daniel López
Raios gama e a poeira do cometa periódico Swift-Tuttle penetraram através da atmosfera terrestre com mais intensidade na noite de 11/12 de agosto de 2016.
Os grãos de pó do cometa impactaram a atmosfera a cerca de 60 quilômetros por segundo produzindo a notável chuva anual de meteoros das Perseidas.
Essa imagem de grande angular dos meteoros alinhados cobrem um período total de 4,5 horas naquela noite das Perseidas.
Através dos riscos luminosos gerados pelos grãos em queda dá para se traçar o ponto de origem da chuva de meteoros no céu. Ao longo da Via Láctea, na constelação de Perseus, o radiante marca a direção da órbita do cometa periódico.
Ao mesmo tempo, viajando à velocidade da luz, os raios gama cósmicos também impactam a atmosfera, gerando também “chuvas”, na verdade, chuvas de partículas de alta energia.
Da mesma forma que os riscos dos meteoros nos céus indicam de alguma forma o ponto de sua origem, os curtos flashes das partículas podem ser usados para reconstruir a direção da chuva de partículas, mostrando o ponto no céu de origem dos raios gama.
Por outro lado, diferentemente dos meteoros, as incrivelmente rápidas chuvas de partículas provocadas pelos raios gama não podem ser acompanhadas a olho nu, ou seja, não podem ser observadas sem a ajuda dos instrumentos apropriados.
No entanto, ambas podem ser seguidas pelas câmeras de alta velocidade dos pratos multi-espelhados do complexo astronômico no primeiro plano dessa foto. Os discos fazem parte do conjunto de telescópios MAGIC (Major Atmospheric Gamma Imaging Cherenkov), pertencentes ao observatório de raios gama em La Palma, nas Ilhas Canárias.
Fonte
APOD: Gamma-rays and Comet Dust – crédito da imagem©: Daniel López (El Cielo de Canarias)
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