E se de repente fosse confirmada a receção de um sinal de origem ET? Um sinal alienígena destacar-se-ia dos outros sinais por produzir padrões repetitivos do espaço profundo (locais onde não existem equipamentos feitos pelo homem) ou por amplificar significativamente a estática/ruído natural na frequência do rádio.
Em 1996, o radiotelescópio de Green Bank em West Virgínia detetou um sinal de origem desconhecida. De imediato foram executados os procedimentos de verificação, dando-se início à deslocação das antenas ligeiramente para fora da fonte, seguindo-se novo redirecionamento para esta. O racional é o seguinte: se o sinal for proveniente do espaço profundo, um pequeno desvio das antenas será suficiente para interrompê-lo e depois detetá-lo novamente quando se redirecionar para a fonte. Para surpresa de todos, foi exatamente isso que aconteceu, o sinal tinha passado o primeiro teste. O segundo passo foi pedir confirmação a outro observatório para despistar algum erro no hardware ou no software. E 16 horas após a deteção do sinal, a fonte foi identificada: era um sinal de telemetria do SOHO, um satélite de pesquisa solar operado pela NASA e pela Agência Espacial Europeia. O falso alarme foi o produto de uma pequena cadeia de eventos improváveis: um alinhamento geométrico do radiotelescópio com o SOHO e a segunda antena (na Geórgia), normalmente utilizado para verificar sinais, estava inoperacional há alguns dias.
O protocolo SETI (Search for Extraterrestrial Intelligence, que significa Busca por Inteligência Extraterrestre) sobre procedimentos a desenvolver após deteção de um sinal credível consiste em:
- confirmar a deteção através de outro observatório,
- notificar outros cientistas, governo, media e público em geral (por esta mesma ordem) e
- não repetir mensagens na direção do sinal detetado sem prévia consulta internacional.
Num cenário hipotético de deteção de um sinal ET, o que poderíamos deduzir de imediato? Se o sinal tivesse origem a uma distância de 1.000 a 2.000 anos luz, seria relativamente fácil identificar o sistema estelar de origem. Depois, baseados no brilho aparente da estrela e na sua classe espetral, obteríamos a distância (caso já não estivesse catalogada). Seguia-se a deteção do exoplaneta, mas considerando a instrumentação atual, seria extremamente difícil conseguir resultados para planetas semelhantes à Terra. Todavia, se estivesse mais perto, talvez pudéssemos detetar a composição da sua atmosfera através de técnicas de espetroscopia na zona do terminador (fronteira entre o dia e a noite), na eventualidade desse exoplaneta passar à frente da sua estrela, quando alinhado com a nossa linha de visão. Refiro-me ao método do trânsito que consiste em detetar indiretamente exoplanetas que atravessam a sua estrela quando alinhados com o observador, provocando uma diminuição da radiação emitida pela sua estrela (geralmente inferior a 2%) durante a travessia. Encontrar oxigénio, por exemplo, poderia dizer-nos algo sobre a semelhança com a bioquímica terrestre. Devido à banda estreita usada na procura de vida ET (dezenas de Hz), seria possível perceber a rotação do exoplaneta através do efeito de doppler e determinar a duração do dia. Por exemplo, à latitude de 41 N (local onde resido), a Terra roda a ~340 metros por segundo em direção a Este; se estivermos a registar uma transmissão ET, emitida no comprimento de onda da linha do hidrogénio (21 cm), então a frequência do sinal vindo de Este será aumentada cerca de 1,6 KHz ou diminuída em 1,6 KHz, se vier de Oeste. Com a mesma técnica, seria também possível determinar a duração do ano e confrontar com o valor obtido pelo método do trânsito (3ª lei de Kepler: o quadrado do período orbital é igual ao cubo do semieixo maior da sua órbita).
Deixando agora um pouco de lado os pormenores técnicos decorrentes da procura de vida ET, podemos ir debatendo as implicações provocadas na sociedade pelo estabelecimento de um contacto:
- Qual será o efeito da deteção? Há quem defenda que o resultado traduzir-se-á em sensações de medo e pânico, mas penso que dependerá da natureza/distância da deteção. Por exemplo, se detetarmos um sinal distante, o sentimento será de grande entusiasmo e fascinação, mas se for proveniente de uma sonda no nosso sistema solar, o sentimento deverá ser contrário, ou seja, angústia e repulsa, pois provavelmente instalar-se-á a sensação de que se está a ser seguido ou observado.
- Os ET serão amistosos ou agressivos? É uma questão difícil de responder porque não sabemos nada sobre a sua biologia e comportamento. Poderemos especular como serão, baseados no conhecimento da nossa própria civilização. Acredito que não serão agressivos, senão como poderiam colaborar no envio de um sinal e na manutenção de uma sociedade? Por outro lado, também não devem ser amistosos de todo, pois tal como nós, representam o produto da evolução darwiniana. Poderemos pensar que, à nossa semelhança, terão um pouco dos dois comportamentos.
- Quem representará a Terra em situação de contacto? A NASA? A ONU? Uma Nação específica com capacidade de controlar o espaço? Algum grupo de cientistas ou de astrónomos? A população em geral? Em qualquer uma das situações haverá vantagens e desvantagens…
- Como divulgar a descoberta à população? Progressiva ou subitamente?
- Qual o efeito na religião? Enquanto que o Budismo e o Hinduísmo aceitam a existência de inteligência ET, o Cristianismo, o Judaísmo e o Islão defendem que o homem foi criado à imagem de Deus. Os ET terão um Deus à sua imagem? Será que a religião é importante para eles? Ou será que já abandonaram o conceito de religião? Irá este contacto mexer de algum modo com as crenças já existentes na Terra? E quais serão as crenças dos ET? Preocupar-se-ão com as eternas questões da vida e da morte?
- Como conseguiremos dialogar com os ET? Será que surgirá uma nova linguagem? É que aqui na Terra não conseguimos dialogar com outras espécies….
Em síntese, estas e muitas outras questões poderão surgir. Prever os efeitos de um contacto ET não é tarefa fácil e talvez fosse benéfico estabelecer-se um plano de ação para não sermos apanhados desprevenidos e de certa forma nos sentirmos serenos e preparados. A deteção terá um impacto bem maior se representar um perigo imediato para a nossa população. Continua a ser uma boa questão perguntar por que motivo não vemos nenhum alienígena inteligente, se a probabilidade de existirem é razoável. Mas isso será tema de um dos próximos artigos.
Termino com uma frase controversa de Seth Shostak (SETI), embora muito parcial: “Finding life beyond Earth would be like giving neanderthals access to the British Museum; we could learn so much from a society that is more advanced than ours, and it would calibrate our own existence.”
Tradução: “Encontrar vida além da Terra seria como dar ao homem de Neandertal acesso ao Museu Britânico; poderíamos aprender muito com uma sociedade que está mais avançada do que a nossa, e seria calibrar nossa própria existência.”
Quando estabelecermos contacto talvez sejamos forçados a evoluir, percebendo que fazemos parte de uma família de formas de vida que habitam o Universo.
- Saber mais: Plataforma “Extraterrestres Inteligentes (ETi)”
15 comentários
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Parabéns Ruben, mais um belo tema!
-*-Qual será o efeito da deteção?
Como citou o sentimento será grande em todos os sentidos. lembro-me do WOW!
-*-Os ET serão amistosos ou agressivos?
Neste caso já é um tanto difícil de responder. Se olharmos para o nosso próprio passado encontraremos ambas as situações.
-*-Quem representará a Terra em situação de contacto?
A ONU.
Contato extraterrestre: protocolos, leis e regulamentos atualmente em vigor no mundo.
[Apesar de, oficialmente, não ter havido nenhum contato extraterrestre, é verdade que existem legislações sobre o assunto, que, entre leis, regulamentos e protocolos, dizem o que deve ser feito diante de um encontro com civilizações alienígenas.
Astronautas em quarentena: Astronautas que entrarem em contato com extraterrestres deverão passar por um período de quarentena, com o objetivo de evitar a possível entrada de bactérias contaminantes no planeta.
O contato extraterrestre deve ser relatado imediatamente à ONU: A partir do ano de 1967, qualquer astronauta que contatar civilizações alienígenas tem a obrigação de relatar a descoberta às Nações Unidas, antes de qualquer outra organização mundial.
Leis marítimas para proteger de colonizações extraterrestres: As Nações Unidas possuem um tratado para o espaço sideral, segundo o qual nenhum ser humano ou nação tem o direito de se apropriar de um planeta. Há algo semelhante também inversamente, com base nos tratados que regulamentam as águas internacionais.
Os extraterrestres são considerados pessoas: Há vários anos, Andrew Haley criou uma lei para convencer os seres humanos a descartarem qualquer possibilidade de fazer mal à vida alienígena, estabelecendo que os extraterrestres têm o mesmo direito de viver que qualquer um de nós.
Astronautas embaixadores da raça humana: As Nações Unidas estabelecem que qualquer astronauta que entre em contato com civilizações alienígenas está obrigado a se comportar como embaixador da raça humana e, portanto, como nosso representante.
Impostos alienígenas: O Código dos Estados Unidos estabelece que, para qualquer objeto produzido em terras americanas, mesmo que vendido no espaço sideral, é obrigatória a dedução de impostos, de acordo com a lei.
Um programa espacial para detectar vida alienígena: Nikola Tesla sugeriu que as ondas de rádio poderiam servir para contatar extraterrestres. Por isso, atualmente, existe o programa SETI, orientado exclusivamente ao contato alienígena por meio de radiotelescópios.
A Terra e o seu próprio espaço: O ser humano é dono não apenas do planeta Terra, mas também do espaço que o rodeia. Desse modo, todas as civilizações extraterrestres estão incapacitadas legalmente de proclamar como seu qualquer um desses territórios.]
-*-Como divulgar a descoberta à população? Progressiva ou subitamente?
A descoberta de vida alienígena podem implicar em dilemas éticos e provocar alterações na maneira como a sociedade se organiza e em como ela vê a si mesma.
Imagino que se, subitamente, fosse divulgado os terráqueos não seriam pegos de surpresa, pois isso já vem sendo progressivamente propagado pelas televisões e cinemas. Hollywood já se encarregou disso em muitas de suas produções. Principalmente pela imensa publicidade de descobertas de novos planetas, ou mundos, extrassolares. Agora a única preocupação é se “já sabem” e não divulgam e ocorra um Independence Day.
-*-Qual o efeito na religião?
Neste tema é bem mais complexo.
-*-Como conseguiremos dialogar com os ET? Será que surgirá uma nova linguagem?
Imagino aqui na terra o ser humando dialogando com um chimpanzé! O casal formado pelos pesquisadores Deborah e Roger S. Fouts dedicou toda sua vida a combater a ideia de que a linguagem é o “último reduto” da singularidade humana, com o resultado de mais de 40 anos de trabalho com chimpanzés que não só aprenderam a se comunicar por sinais, mas a mentir e recitar poesia.
Desta forma, penso que, o ser humano está sempre tentando se comunicar, de uma forma ou outra.
—Lincos, a linguagem cósmica—
Dizem que quando chegou à Austrália, James Cook e seus tripulantes ficaram intrigados com duas coisas: os aborígenes e aqueles grandes animais providos de bolsas e longas caudas que pululavam por ali. Cook teria perguntado a um nativo que bicho era aquele e lhe responderam “kangaroo”. Reza a lenda que esse seria não o nome do animal, mas algo como “eu não te entendo”. Embora seja pouco provável que essa cena tenha realmente acontecido, ela ilustra perfeitamente o que pode acontecer quando duas civilizações bastante afastadas no tempo e no espaço se encontram. Quem garante que a primeira coisa que os extraterrestres vão ouvir de nós não vai ser um “sei-lá-o-quê” e assim seríamos conhecidos como o povo seilaokês?
Essa barreira linguística entre nós e os extraterrestres voltou a chamar a atenção do público com o sucesso do filme Arrival (A Chegada). Mas o problema de como se comunicar com inteligências de outros planetas é algo que vem quebrando a cabeça de cientistas há mais tempo do que se imagina. Hoje esquecida, uma das primeiras propostas de lingua franca interplanetária foi criada pelo matemático holandês Hans Freudenthal em 1960.
O projeto do matemático holandês foi divulgado no livro Lincos: Design of a Language for Cosmic Intercourse [Lincos: projeto de uma linguagem para diálogo cósmico]. A Lincos é uma espécie de língua falada tecnológica, “feita de ondas de rádio não-moduladas, de duração e comprimento variáveis, codificada com um conjunto de símbolos emprestados da matemática, da ciência, da lógica simbólica e do latim”. Nessa língua cósmica (daí o nome, LinCos), seria possível explicar qualquer coisa, da matemática mais básica a conceitos abstratos como amor e morte.
Pode ser lido aqui o Esperanto Interestelar!
https://monoskop.org/images/8/85/Freudenthal_Hans_Lincos_Design_of_a_Language_for_Cosmic_Intercourse_Part_I.pdf
Talvez aprender o básico mas não espere moleza. Um astrofísico considerou-o o livro mais tedioso já lido, mais até do que as tabelas de logaritmos.
O ser humano é bem comunicador. Tenta por todos os meios ser entendido. Penso que com a IA os tradutores avançarão e aprenderão muito mais rapidamente. Quem sabe, seja como hoje, as traduções em tempo real.
Desculpe-me pelo extenso texto!
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Obrigado Roberto. Vamos discutindo a resposta em:
https://www.facebook.com/groups/728338873895602/permalink/2383349695061170/
Um abraço.
Mesmo que se tenha sinais, eles provavelmente não chegariam até nós, enfraqueceriam muito ao ponto de não poderem ser detectados, devido à imensidão das distâncias cósmicas. A fonte geradora deveria ter uma energia exorbitante para criar sinal forte o suficiente para cobrir enormes distâncias intergaláticas ou mesmo dentro da nossa galáxia já seria muito difícil, as distâncias, são “anos-luz”, isso é muuuuita coisa mesmo.
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Bem vindo Luisinho a este debate.
As contas de Frank Drake para o RT de Arecibo permitem ultrapassar os 30.000 anos-luz 🙂 .
Contudo, existem métodos teóricos, mas tecnologicamente exequíveis no tempo presente, que permitem utilizar estrelas como lentes gravitacionais aumentando brutalmente a força do sinal. Mais para a frente, irei dar exemplos destes cálculos.
Mais uma vez, Shostak está errado. E sabe que está errado, mas só diz essas coisas para “vender” o projeto SETI.
O homem de Neandertal não aprenderia nada no Museu Britânico. Ficaria extremamente confuso. Provavelmente partiria tudo. Mas não teria sequer capacidade para aprender o que é um Museu.
E estamos a comparar seres praticamente iguais, que estão na mesma linha evolutiva, no mesmo planeta.
Se compararmos seres que nada têm a ver uns com os outros, em que os cérebros serão certamente muito mais diferentes do que entre nós e os Neandertais… esperar que haja aprendizagem é no mínimo, irrealista.
Se ainda adicionarmos o facto de que nós e os Neandertais não estamos muito longe em termos temporais… então a comparação disso com ETs torna-se quase desonesta por parte do Shostak.
Ele devia comparar, sim, pegar numa formiga e colocar no Museu Britânico. Certamente que ninguém no seu perfeito juízo iria dizer que a formiga iria aprender muito no Museu.
E, note-se, mesmo a comparação entre os Humanos e as formigas é bias. Já que, novamente, partilhamos o mesmo planeta com elas e estamos dentro da mesma linha evolutiva de vida no planeta. Ou seja, entre nós e os ETs seria uma distância evolutiva maior.
abraços!
Author
Um dos próximos temas que irei abordar intitula-se: “Por que motivo os ETs não deverão comunicar connosco?”. Trata-se de uma comparação semelhante ao teu exemplo da formiga no museu Britânico 🙂 .
Quanto à frase do Shostak, quando a ouvi gostei e interpretei-a num registo otimista e perfeitamente realista que é podermos aprender com uma civilização ligeiramente mais avançada que nós, ligeiramente.
Abraço e conto contigo lá para dia 26 para discutir o próximo artigo (sinal WOW!) 🙂 .
Sr professor suponhamos que uma civilização alienígena tenha a tecnologia que temos tipo: televisão, rádio e etc. Seria possível a detecção destes sinais?
Provavelmente sim, porque a estática pode ser captada por esses eletrodomésticos e reproduzidas nos mesmos, igual ocorre aqui quando um avião/helicóptero tenta comunicação com a base, mas ele passa bem em cima de sua casa, podendo assim, ter o sinal captado por televisão ou rádio.
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Reinaldo, seria possível com uma antena de apenas 5 metros (desde que não estivessem muito longe). Nos próximos artigos irei falar sobre isso de forma pormenorizada. A sua pergunta é bem colocada pois leva-nos a pensar se devemos continuar a emitir sinais ou se já é tarde demais. Novamente, julgo que o artigo #8 irá detalhar este dilema. Obrigado pela sua participação neste debate.
Em princípio, não.
Segundo um estudo do próprio SETI há uns anos, as emissões desses equipamentos tornam-se indistinguíveis de ruído de fundo ao fim de somente 2 anos-luz…
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Por curiosidade, se encontrares esse estudo do SETI (emissões indistinguíveis de ruído de fundo ao fim de 2 anos luz de distância), envia-me pf para eu perceber a configuração do sinal. No mês passado, em conversa com o Paul Shuch (Dr. Seti), ele disse-me que o Frank Drake tinha estimado ultrapassar 30.000 anos-luz com o RT de Arecibo (elevados tempos de integração e correção do efeito de Doppler). A terça parte, 10.000 anos-luz, estimei eu. Agora a dificuldade não é a distância, mas sim acertar na estrela pretendida. Explico: aumentando o diâmetro da antena, aumentamos o ganho, logo obtemos mais distância, mas a resolução, ié: a largura do sinal, diminui, o que neste caso não é bom pois como as estrelas se movem bastante, torna-se extremamente difícil saber onde estarão dentro de dezenas de anos-luz quando o sinal lá chegar); a isto acrescem problemas relacionados com matéria existente no espaço que poderá interferir gravitacionalmente com o sinal, desviando-o do alvo.
Eu escrevi em 2009 sobre isso:
http://www.astropt.org/2009/08/09/emissoes-que-escapam/
Também tenho o documentário Life After People, que também fala disso:
http://setiathome.berkeley.edu/forum_thread.php?id=44971
abraços!
Author
Os links do artigo de escreveste em 2009 já foram desativados.
Mas vamos a contas? A distância do sinal é igual ao produto de: potência emitida por área bruta da antena emissora por área útil da antena recetora pelo tempo de integração, a dividir pela raiz quadrada do produto de: quadrado do comprimento de onda, por kb, por temperatura de sistema, por largura de banda.
1. Para um sinal transmitido com potência de 10^9 W (TV), através de uma antena de 5 metros, a 850 MHz (máxima frequência de TV), com uma largura de banda 0,1 Hz, sendo rececionada por uma antena de 5 metros, com um tempo de integração de 10 minutos, a distância máxima alcançada é de 13 anos-luz; se considerarmos a antena recetora igual à do FAST, então a distância aumenta para 1.320 anos-luz.
2. Para um sinal transmitido com potência de 10^7 W (FM), através de uma antena de 5 metros, a 88 MHz (mínima frequência de FM), com uma largura de banda 0,1 Hz, sendo rececionada por uma antena semelhante à do FAST, com tempo de integração de 10 segundos, a distância máxima alcançada será de 2 anos-luz.
Talvez essas contas apontassem para o caso mais desfavorável embora o que deva ser considerado é o 1º cálculo.
Julgo que devemos por em causa a necessidade de comunicar de uma civilização dezenas ou centenas de milhares de anos mais avancada que nós. Poderia pensar mais em curiosidade para connosco, mas mesmo assim este conceito soa muito terraqueo e humano para que fosse motivação para nos encontrar. Tenho curiosidade em saber que tipo de ciência de padrões, e relações (que conhecemos como Matemática) teriam os ETs. Como expressariam a relação pi. Concordo com a metáfora de Seth se encontrassemos ETs criaria uma disrupcao na nossa arrogância que so nos daria avançar muito, civilizacionalmente.
Author
Obrigado Ruben Dias. Podemos discutir a resposta em:
https://www.facebook.com/groups/728338873895602/permalink/2383349695061170/ ?
Um abraço.