Tempestades do Tamanho da Terra no Pólo Sul de Júpiter

O sobrevoo rasante de Júpiter pela sonda Juno, no passado mês de Agosto, permitiu a aquisição de dados novos sobre a estrutura da sua atmosfera e olhar de perto as regiões polares do gigante de gás. As imagens obtidas pela JunoCam foram disponibilizadas ao público pela NASA e não tardaram a surgir versões impressionantes das mesmas por vários entusiastas ou gurus do processamento de imagem.

Um exemplo do que esta abertura na partilha de informação pode gerar é a imagem fantástica que se segue, da autoria de Roman Tkachenko. A imagem mostra o pólo sul de Júpiter e nela são visíveis torvelinhos atmosféricos correspondendo a enormes tempestades, três delas, assinaladas, com dimensões semelhantes à da Terra!

Crédito: Roman Tkachenko

Crédito: Roman Tkachenko

Entretanto, a equipa da missão tem vindo a analisar os dados recolhidos pelos restantes instrumentos da sonda e publicou recentemente uma visualização de várias camadas da atmosfera joviana com base em observações realizadas pelo radiómetro de microondas da Juno (Juno MWR). Este instrumento está optimizado para medir a abundância de água e amónia, 2 dos principais constituintes das nuvens de Júpiter, a várias profundidades.

Estas primeiras observações com o Juno MWR permitiram determinar que a circulação atmosférica de Júpiter no topo da camada de nuvens, com os característicos cinturões de nuvens movidos por poderosas correntes de jacto, se extende por algumas centenas de quilómetros para o interior, como pode ser observado na figura seguinte. A persistência destas estruturas com a profundidade é uma pista importante para os cientistas que tentam modelar o interior de Júpiter e a forma como a dissipação do calor interno do planeta determina a circulação atmosférica.

Crédito: NASA

Crédito: NASA

Fonte: Juno/NASA

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