A presença de grandes lagos e mares de metano no polo norte de Titã foi confirmada pela primeira vez em imagens de radar obtidas pela sonda Cassini, a 22 de julho de 2006. Na altura, os lagos eram indetetáveis pelos instrumentos óticos da sonda da NASA, porque a região se encontrava ainda imersa numa longa escuridão hibernal. 10 anos volvidos, o hemisfério norte de Titã aproxima-se do solstício de verão, pelo que os grandes mares e lagos da região do polo norte estão agora iluminados durante a maior parte do dia de Titã.
Aproveitando estas condições, a Cassini esteve ocupada no passado fim de semana a observar o movimento e evolução de nuvens sobre a região dos grandes lagos boreais de Titã. A sessão permitiu ainda a recolha de novas imagens com uma resolução sem precedentes dos terrenos a sul de Neagh Lacus. Estas imagens irão ajudar os cientistas a preencher uma grande lacuna no mapa do hemisfério norte de Titã.
Apreciem em baixo algumas das observações realizadas durante esta sessão.
Detalhes da região do polo norte de Titã, numa imagem obtida pela sonda Cassini a 29 de outubro de 2016, através de um filtro para a região do infravermelho próximo. É possível ver os contornos bem definidos de Kraken Mare, Punga Mare, Jingpo Lacus, Neagh Lacus, Bolsena Lacus e Ladoga Lacus. A leste de Kraken Mare podemos vilumbrar a costa ocidental de Ligeia Mare.
Crédito: NASA/JPL-Caltech/Space Science Institute/Sérgio Paulino.
Movimentos de nuvens sobre a região dos lagos e mares boreais de Titã. Esta sequência foi construída com 34 imagens obtidas pela sonda Cassini a 30 de outubro de 2016, durante um período aproximado de 11 horas.
Crédito: NASA/JPL-Caltech/Space Science Institute/Sérgio Paulino.
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