O vídeo que se segue mostra o centro da Nebulosa do Caranguejo, o remanescente da grande supernova de 1054, situada a cerca de 6500 anos-luz. Foi criado a partir de 10 imagens obtidas com a Advanced Camera for Surveys (ACS) do telescópio espacial Hubble, entre Setembro e Novembro de 2005. A estrela à direita no par que domina o centro do vídeo é uma estrela de neutrões 100 mil milhões de vezes mais densa do que o aço que roda sobre si mesma 30 vezes por segundo — o “Pulsar do Caranguejo”.
(O vento de partículas gerado pelo pulsar no centro da Nebulosa do Caranguejo interage com o plasma na sua vizinhança dando origem a “ondas luminosas” de belo efeito.
Crédito: NASA/ESA, J. Hester (Arizona State University) )
O campo magnético intenso gerado pelo pulsar acelera partículas na sua vizinhança até velocidades relativísticas e provoca a emissão de radiação em todos os comprimentos de onda, em especial raios X e raios gama. Este vento de partículas que emana da sua proximidade fornece a energia que ilumina o remanescente. Os seus efeitos no plasma da região central da nebulosa são visíveis no vídeo sob a forma de “ondas luminosas” que parecem expandir-se a partir da posição do pulsar.
A imagem seguinte, publicada em simultâneo pelo Space Telescope Science Institute, é uma das utilizadas no vídeo. As “ondas luminosas” são bem visíveis junto ao pulsar bem como dois jactos, perpendiculares ao plano das ondas. A estrutura filamentosa de toda a nebulosa é espectacular, especialmente se tivermos em conta que é esculpida pela energia que emana de uma estrela com apenas 30 km de diâmetro! São visíveis também filamentos finos com grumos escuros de poeira, possivelmente formados por elementos pesados sintetizados pela estrela que explodiu e deu origem à Nebulosa do Caranguejo.
Fonte: STScI
5 comentários
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Impressionante!
Gostaria de sugerir que fizessem uma matéria sobre o assunto que a Magnetosfera da Terra teria sido afetada por uma rajada de raios cósmicos.
Li essa notícia neste site => http://www.sciencealert.com/scientists-have-detected-a-crack-in-earth-s-magnetic-shield
Também tem uma versão em Português, mas não esta bem feita, esta dando a notícia de uma forma diferente, falando que oq teria sido causado seria uma tempestade solar e não os raios cósmicos, naquele link em ingles, fala disso também, mas que não teria sido o fator principal => http://hypescience.com/enorme-tempestade-solar-de-junho-de-2015-causou-rachadura-no-campo-magnetico-da-terra
Acredito que uma matéria feita pela equipe do AstroPT possa ser feita de uma forma bem mais séria.
E também creio que seja um assunto muito importante
Este post já não esclarece? 😉
http://www.astropt.org/2011/12/06/campo-magnetico-da-terra-reversao-dos-polos/
abraços
Creio que não, pois não fala da rachadura na magnetosfera, do encolhimento.
E o caso não esta diretamente relacionado com a reversão dos polos, pois foi um fator externo.
Sim, algumas palavras são diferentes, mas note que são coisas normais, são características normais na magnestosfera.
Temos auroras precisamente devido a existirem esses “buracos”.
Também existem zonas onde proteções desse tipo são mais fracas:
http://www.astropt.org/2014/05/29/triangulo-das-bermudas-espacial-sobre-o-brasil/
O facto de dizerem que tempestades solares afecta a magnetosfera, pressiona-a (o que eles chamam de diminuição) e por vezes alguma dessa radiação passa melhor por onde a atmosfera está mais enfraquecida (que eles chamam rachadura), é tudo espectável.
Se o Xevious colocar 1 metro de foam à volta de um amigo seu e a seguir lhe mandar um soco, o soco não afecta o seu amigo como afectaria se ele não tivesse proteção, mas ele vai ver que o soco vai diminuir o foam na zona do soco, e depois o foam eventualmente volta à forma normal.
abraços!
Bom dia.
Linda a imagem.
Mas intrigante a rotação do ponto luminoso sobre seu próprio eixo , a exato meio dia , quadrante superior do centro da nebulosa..
Deve ser a estrela , mas o eixo luminoso que serve para a rotação se mantem estático , dando a impressão de uma conta por onde passa um fio . Muito interessante .Aumentando a imagem e usando uma lupa concomitante ( evita maiores distorções ) a imagem é especifica.
E o momento pulsar é inenarrável.