Existem fenômenos no universo que possuem nomes parecidos, mas que representam coisas bem diferentes.
Por exemplo, supernovas são explosões estelares que representam a morte, o fim da vida de uma estrela.
As novas são explosões também, porém, explosões de camadas da estrela, e não representam o fim da vida da estrela. Após o fenômeno de uma nova, a estrela ainda estará lá.
As novas basicamente acontecem em sistema binários, formados por uma anã branca e uma estrela companheira.
Nesse caso, a anã branca que é uma estrela muito densa, começa a sugar hidrogênio da estrela companheira.
Esse hidrogênio se acumula ao redor da estrela, e eventualmente se torna tão quente que entra em erupção numa explosão termonuclear.
Essa explosão acontece na superfície da anã branca e a esse fenômeno se dá o nome de nova.
Em 2009 os astrônomos observaram uma explosão dessas, no sistema binário V1213 Cen.
Porém, o que tem de interessante nisso, é que os astrônomos estavam monitorando esse sistema desde 2003.
Assim, eles conseguiram algo raro: ver o sistema antes da explosão, ver a nova surgir, e ver como o sistema ficou depois da explosão.
Durante esses anos, os astrônomos viram o sistema variar de brilho periodicamente.
Essa variação está ligada ao hidrogênio sendo bombeado para a superfície da anã branca.
Essas variações periódicas indicam que a transferência estava ocorrendo de maneira lenta e instável.
Depois que a explosão aconteceu, o sistema sobreviveu, porém um pouco diferente.
Agora, ele estava mais brilhante, devido à radiação que foi emitida durante a explosão e também porque a taxa com a qual a anã branca estava sugando o hidrogênio aumentou.
Depois da explosão os astrônomos não observaram mais as variações, o que indica que o hidrogênio está sendo transferido de forma contínua.
Essa mudança na taxa de transferência de hidrogênio sempre foi prevista, mas nunca confirmada e observada.
Essa foi a primeira vez.
Agora os astrônomos podem até pensar em esperar a próxima explosão da V1213 Cen.
Será?
Acho difícil: ela deve acontecer daqui a milhões de anos.
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