Plutão em raios-X

Crédito: Raios-X: NASA/CXC/JHUAPL/R.McNutt et al; Óptico: NASA/JHUAPL

Crédito: Raios-X: NASA/CXC/JHUAPL/R.McNutt et al; Óptico: NASA/JHUAPL

Sabemos que quando se observa um objeto com diferentes comprimentos de onda, podemos ver diferentes características desse objeto.

Porém, existem objetos que você pensa em observar num determinado comprimento de onda e ele pode te revelar muitas surpresas. A primeira é ele existir nesse comprimento de onda.

E foi isso que o Chandra fez.
O Observatório Chandra observou o planeta-anão Plutão em raios-X, e para a surpresa de todos, ele conseguiu registar raios-X sendo emanados do planeta-anão.
Isto é surpreendente, porque o objeto é frio, rochoso e não tem campo magnético, ou seja, não possui aparentemente nenhum mecanismo natural para emitir os raios-X.

Porém, sabe-se dos cometas, que a interação dos gases ao redor de corpos planetários e o vento solar, pode criar raios-X.

Assim sendo, essas observações do Chandra, servem para se entender melhor a atmosfera de Plutão e a interação dos gases ali presentes com o vento solar.

A sonda New Horizons detectou que Plutão possui um tipo uma cauda, onde o vento solar atinge primeiro o planeta-anão e depois forma uma pequena cauda atrás do objeto.
Por outro lado, a atmosfera de Plutão é bem mais estável do que a atmosfera de um cometa, por exemplo.
Mas tudo isso não justificaria observar um aumento de raios-X ao redor de Plutão, como foi observado pelo Chandra.

O que pode ser isso então?

Existem algumas hipóteses para explicar esse aumento nos raios-X:
– talvez a cauda seja muito maior do que aquela estudada pela sonda New Horizons; maior, tanto em largura como em comprimento.
– os campos magnéticos interplanetários podem estar focando mais partículas do que se pensava em Plutão.
– a baixa densidade do vento solar na região da órbita de Plutão pode estar criando um torus de gás neutro centrado ao redor da órbita de Plutão.

Mais uma vez, Plutão revela que é repleto de segredos mesmo em outros comprimentos de onda.

Fonte: Observatório Chandra

1 comentário

    • gilmar lopes dos santos on 24/11/2016 at 00:48
    • Responder

    Valeu as informaçoes camarada

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