Determinadas estrelas terminam a sua vida formando um tipo de objeto muito conhecido: as nebulosas planetárias.
Essas nebulosas são formadas por uma concha de gás em expansão que a estrela expele no final da sua vida.
Esses objetos estão entre os mais fotografados pelo Hubble, e talvez entre os mais bonitos também.
São inúmeros os exemplos de belas nebulosas planetárias.
Embora tenham esse nome, elas não têm nada a ver com planetas.
Esse nome foi dado, porque antigamente devido à falta de potência dos telescópios, os astrônomos identificavam esses objetos como sendo parecidos com o disco de planetas.
Uma dúvida dos astrônomos é o que acontece na fase de transição: quando a estrela está prestes a se transformar numa nebulosa planetária.
Quais os mecanismos e quais os fenômenos que ali ocorrem.
E o Hubble parece ter dado um passo adiante no entendimento dessa fase de transição.
O telescópio espacial foi apontado para a estrela conhecida como V Hydrae, uma gigante vermelha localizada a 1200 anos-luz de distância da Terra e que possui um fenômeno muito interessante: ela parece atirar bolhas de gás com massa equivalente ao dobro da massa de Marte.
Usando o Hubble, foi a primeira vez que os cientistas observaram esse processo em ação.
Cada bolha tem uma temperatura elevada de cerca de 17.000 graus Fahrenheit, quase duas vezes a temperatura na superfície do Sol.
As bolhas são expelidas a uma distância equivalente a 8 vezes a distância do Sol até ao Cinturão de Kuiper.
Os cientistas ainda não sabem exatamente o que faz essa estrela emitir essas bolhas de gás.
Porém, o modelo mais plausível no momento é que essa estrela tenha uma companheira e que essa tenha um disco de acreção.
Esse modelo ainda seria ideal para explicar outros fenômenos identificados, como a presença de um comportamento bipolar da nebulosa planetária, a presença de estruturas parecidas com jatos, e até mesmo o comportamento multipolar de nebulosas planetárias.
Para saber de forma definitiva o que aconteceu, os astrônomos esperam novas observações com o Hubble e até mesmo com o ALMA. A vantagem seria que com o ALMA os astrônomos poderiam estudar outras bolhas emitidas há séculos e que hoje são muito frias para serem identificadas pelo Hubble.
Fonte: Hubblesite
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