Você já se perguntou, quantas galáxias existem no universo?
Embora seja uma pergunta básica da astronomia – está muito ligada à origem e evolução do nosso universo -, ela é muito complicada de ser respondida.
Pensem nas imagens impressionantes do Hubble, tanto do Campo Profundo, como do Campo Ultra Profundo: cada ponto nessas imagens é uma galáxia, ou seja, o número de galáxias deve ser realmente espantoso.
O Hubble foi usado mais uma vez numa pesquisa de censo do universo, e os astrônomos, analisando os resultados, chegaram à conclusão de que o universo tem 10 vezes mais galáxias do que se pensava anteriormente.
O problema de fazer um estudo desses é que a maioria das galáxias são demasiado pequenas e ténues. Elas lembram muito as galáxias satélites da nossa Galáxia.
Além disso, muitas dessas galáxias com o tempo vão sendo consumidas pelas galáxias maiores, o que torna a tarefa de fazer o censo do universo uma tarefa ainda mais complicada.
Os pesquisadores usaram todo o poder do Hubble em fazer imagens do universo profundo, e integrando todas as pesquisas já feitas, os pesquisadores converteram as imagens em imagens tridimensionais, para fazer medidas precisas da posição das galáxias e do número de galáxias em diferentes épocas do universo.
Além disso, usaram também modelos matemáticos e concluíram que 90% das galáxias no universo ainda não foram estudadas, pois são muito pequenas e ténues para a tecnologia atual, além de muitas pequenas galáxias terem se fundido durante a história do universo.
O decaimento do número de galáxias no universo com o passar do tempo também ajuda a responder a um dos paradoxos mais interessantes que existe, o Paradoxo de Olbers: por que o céu noturno é escuro, se o número de estrelas no universo é infinito?
De acordo com os pesquisadores, embora existam mais galáxias do que se imaginava, a luz das estrelas dessas galáxias é invisível ao olho humano e aos instrumentos atuais, devido a uma série de fatores conhecidos que reduz a luz visível e ultravioleta do universo.
Entre esses fatores, pode-se citar, o desvio da luz para o vermelho devido à expansão do universo, a natureza dinâmica do universo, e a absorção da luz pela poeira e gás presente no meio intergaláctico.
Esse estudo tem implicações importantes na formação de galáxias e na evolução das mesmas com o passar do tempo.
Os astrônomos esperam que o Telescópio Espacial James Webb entre em operação para continuarem refinando esse censo.
Por fim, de acordo com esse estudo, existem no universo 2 trilhões de galáxias!!!
Fonte: HubbleSite
1 comentário
Obrigado