Já falei da provável existência de um oceano na subsuperfície de Plutão.
E desde então, as evidências só aumentam.
A ideia dos pesquisadores analisando os dados da New Horizons, é que abaixo da Sputnik Planitia existe um oceano, mas esse oceano não é líquido, ele é mais viscoso – lembra a consistência de um refrigerante semi congelado.
Mas para que exista esse material viscoso em Plutão, seria necessário um tipo de calor, e Plutão não tem força de maré como as luas congeladas de Júpiter e Saturno para manter o interior derretido, então como pode ser isso?
O calor de Plutão é gerado pelo decaimento radioativo na parte rochosa do interior do planeta anão.
E ainda deve existir amônia misturada com a água, onde a amônia funciona como um agente anti-congelante.
Esse oceano de Plutão seria também o responsável pelas fraturas existentes na superfície do objeto, ou seja, mais uma evidência para a presença desse oceano.
Outra evidência para a presença de um oceano abaixo da Sputnik Planitia, nasce do facto da feição estar sempre apontando para o lado oposto de Caronte.
Para que isso aconteça, provavelmente deve existir uma massa abaixo da planície, e de acordo com os modelos feitos, a ideia é que essa massa extra venha do oceano.
Outra evidência para que o oceano de Plutão não se congele está no facto de como já foi mostrado em outros estudos, o nitrogênio líquido não pode se congelar, pois é esse nitrogênio que vai moldando a superfície do objeto. Então deve haver algum ponto de calor ali que mantém o oceano derretido.
Fontes: Universe Today, Astronomy Now, Sky & Telescope
1 ping
[…] sobre Plutão, artigos que mostram estudos feitos principalmente sobre a Sputnik Planitia, sobre o possível oceano na sua subsuperfície, sobre o papel dela na orientação da órbita de Plutão, entre outras […]