As imagens próximas de alta resolução dos objetos feitas pelas sondas espaciais são espetaculares. Porém, muitas vezes é preciso dar uma olhada um pouco mais de longe e ver no contexto o objeto que se está estudando.
E foi isso que a sonda Dawn fez recentemente.
Depois de passar um tempo estudando perto e de forma espetacular o planeta-anão Ceres, ela se afastou um pouco, chegando a 1480 km acima da superfície de Ceres, para realizar uma série de estudos importantes.
Durante essa órbita mais distante, ela não perdeu a chance de fotografar a cratera Occator e seus famosos pontos brilhantes.
Como os estudos anteriores mostraram, a cratera Occator apresenta evidências de uma atividade geológica recente e os pontos brilhantes são constituídos de sais deixados ali depois que o líquido que emergiu da subsuperfície, congelou e depois sublimou.
Além da imagem da cratera Occator, os cientistas lançaram uma imagem de Ceres que mostra o planeta-anão nas cores que ele teria ao olho humano. Essas cores foram calculadas com base na maneira como Ceres reflete os diferentes comprimentos de onda da luz.
A imagem é impressionante e praticamente dá para sentir a textura de Ceres.
A sonda Dawn faz um trabalho espetacular.
Já enviou milhares de imagens de Ceres desde que chegou no planeta-anão a 6 de Março de 2015.
Uma série de manobras estão sendo planeadas com a sonda Dawn, no intuito de economizar um pouco do seu combustível, visto que a ideia é mandar a sonda para um terceiro alvo no Sistema Solar.
E porque não ficar estudando Ceres só de perto?
Ao estudar Ceres de um ponto mais distante, a sonda Dawn poderá caracterizar a radiação e os raios cósmicos que não estão correlacionados com Ceres. Isso é importante, pois pode ser usado num processo de subtração de ruídos, deixando os dados ainda mais precisos e as imagens ainda melhores.
Fonte: JPL / NASA
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