A Terra existirá daqui a 5 bilhões de anos?
Essa pergunta atormenta a cabeça de muitos astrônomos, que tentam descobrir de alguma maneira qual será o futuro do nosso planeta e do Sistema Solar como um todo, quando o Sol “morrer”.
Basicamente, daqui a 5 bilhões de anos, o Sol irá crescer, se transformar numa estrela gigante vermelha, com um tamanho mais de cem vezes maior que o tamanho atual.
O Sol também irá experimentar uma perda de massa muito grande através de intensos ventos solares.
Daqui a 7 bilhões de anos, o Sol será uma pequena anã branca, com o tamanho da Terra, mas com uma colher de seu material pesando 5 toneladas.
Essa metamorfose terá grande impacto nos planetas.
Por exemplo, Mercúrio e Vênus serão engolidos pela estrela gigante e destruídos.
Mas o destino da Terra ainda é incerto. Provavelmente a vida será destruída, mas e o planeta, continuará orbitando a anã branca?
Como descobrir isso? Como estudar o futuro do nosso sistema planetário?
Bem, a resposta direta é estudar uma estrela parecida com o Sol, que tenha um sistema planetário, mas que já esteja com a sua idade avançada, como se estivéssemos olhando para o futuro.
E um grupo de astrônomos fez exatamente isso: utilizou o ALMA para estudar a estrela conhecida como L2 Puppis, uma estrela que há 5 bilhões de anos atrás era bem parecida com o Sol.
A L2 Puppis está localizada a 208 anos-luz de distância da Terra e tem 10 bilhões de anos de vida.
Ao estudar a estrela com o ALMA, os astrônomos descobriram que essa estrela perdeu cerca de 1/3 da sua massa durante a evolução (o mesmo acontecerá com o Sol).
A uma distância de 300 milhões de km da estrela, aproximadamente o dobro da distância da Terra ao Sol, os astrônomos encontraram um objeto na órbita da anã branca: o que seria um objeto como a Terra daqui a 5 bilhões de anos.
O sistema da L2 Puppis representa um belo análogo para o nosso Sistema Solar, e entender as relações entre a L2 Puppis e esse planeta, trará com certeza um entendimento maior sobre o que acontecerá com o nosso sistema daqui a 5 bilhões de anos.
O destino da Terra ainda é incerto, mas a resposta pode estar numa análise mais profunda e detalhada da L2 Puppis.
Fontes: Astrobiology Magazine, Artigo Científico
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