Star Wars – Rogue One é uma prequel do filme de 1977, Star Wars: Episode IV – A New Hope.
A história é simples: fica a saber-se como a Aliança Rebelde tem conhecimento de um erro básico de estrutura na Estrela da Morte.
Vários elementos da Aliança Rebelde roubam os planos da Estrela da Morte e transmitem as informações à liderança da Resistência Rebelde.
Isto permite que Luke Skywalker, com um único tiro, consiga destruir a Estrela da Morte.
“A história inicia-se 13 anos antes da explosão da primeira Estrela da Morte.
Seis anos haviam se passado após a extinção da Ordem dos Cavaleiros Jedis, o desaparecimento do jovem Jedi Anakin Skywalker, o surgimento do cruel Lorde Sith Darth Vader, e o Imperador Palpatine ter transformado a República Galáctica no temível Império Galáctico.
Atualmente, a galáxia encontra-se dominada pela ditadura, escravidão e opressão.
O Império Galáctico inicia uma busca por pessoas que possam contribuir para a construção de uma super-arma.
Em criança, Jyn Erso vive escondida com a sua mãe e o seu pai, o designer de armas Galen Erso, no planeta Lah’mu.
Galen é recrutado à força pelo diretor Imperial Orson Krennic para completar o projeto da Estrela da Morte, uma estação espacial capaz de destruir planetas inteiros.
Como Galen tenta resistir, a sua esposa Lyra, é morta.
Jyn, a filha de Galen e Lyra, consegue escapar, ajudada pelo rebelde Saw Gerrera.
15 anos depois, Bodhi Rook, um piloto Imperial, decide desertar do Império.
Galen ajuda Bodhi Rook a contrabandear uma mensagem holográfica para a Aliança Rebelde.
Bodhi Rook consegue fazer chegar a mensagem a Saw Gerrera, na lua Jedha.
Galen é apanhado.
Agora uma jovem adulta, Jyn Erso é libertada de uma prisão Imperial (de trabalhos forçados), no planeta Wobani, pela Rebelião.
A Rebelião Rebelde quer que ela vá ter com o seu pai, supostamente para que Galen lhes conte mais sobre a super-arma.
Na verdade, quando ela estiver com o pai, Galen, a Rebelião Rebelde pretende matar o seu pai, de modo a impedir que ele construa a super-arma para o Império.
Jyn é enviada para Jedha com o oficial rebelde Cassian Andor e o seu droide imperial reprogramado K-2SO.
Jyn encontra-se com o seu antigo protetor Saw Gerrera.
Gerrera mostra a Jyn a mensagem holográfica que Galen lhe tinha enviado.
Na mensagem, Galen expressa o seu amor de pai por Jyn. Galen explica que foi coagido a participar no projeto Imperial da super-arma. E, por fim, na mesma mensagem holográfica, Galen revela que incluiu secretamente uma vulnerabilidade na arquitetura/design da Estrela da Morte.
Mas, para saberem como explorar essa vulnerabilidade, os Rebeldes terão que ter acesso aos planos/esquemas estruturais da Estrela da Morte.
Enquanto isso, Grand Moff Tarkin reúne-se com Krennic na Estrela da Morte e expressa ceticismo sobre o projeto e a sua gestão.
Para demonstrar que Tarkin estava errado, Krennic usa a super-arma para destruir a capital de Jedha, de modo a exterminar a insurgência liderada por Gerrera, forçando Jyn e o seu grupo a fugir enquanto Gerrera é morto.
Tarkin felicita Krennic e assume o controlo do projeto.
Jyn consegue localizar o seu pai numa instalação/centro de pesquisa/investigação Imperial, no planeta Eadu.
Jyn e o seu grupo, tentam libertar Galen.
Mas Galen é ferido fatalmente num ataque de bombardeiros dos Rebeldes e morre nos braços de Jyn.
Jyn propõe um plano para roubar os esquemas da Estrela da Morte de um banco de dados de alta segurança numa base imperial, no planeta Scarif.
Com Galen e Gerrera mortos e o holograma destruído, a liderança rebelde não consegue comprovar a veracidade da história (de existir um erro propositado no design da Estrela da Morte), e por isso não dá autorização para um plano tão arriscado.
Mesmo sem autorização oficial, Jyn, Cassian Andor, o andróide K-2SO, Bodhi Rook, o guerreiro espiritual cego Chirrut Îmwe, o mercenário Baze Malbus, entre outros, formam uma equipa que decide invadir o banco de dados em Scarif e obter os esquemas da Estrela da Morte.
Enquanto alguns provocam explosões para distrair os stormtroopers, os outros pesquisam o banco de dados em busca dos planos do projeto.
Rook, Îmwe, Malbus, K-2SO e vários outros rebeldes são mortos.
Krennic é morto por Cassian Andor.
Jyn obtém os esquemas da Estrela da Morte, e envia-os para a Aliança Rebelde através de um sistema de comunicação.
Tarkin utiliza a Estrela da Morte para destruir a base imperial no planeta Scarif, onde estava o banco de dados.
Toda a gente na base morre, incluindo Jyn e Cassian Andor.
Assim, toda a gente que participou neste assalto morreu.
No final, uma força Imperial liderada por Darth Vader intercepta uma nave Rebelde.
Darth Vader entra na nave e tenta encontrar a Princesa Leia, mas não consegue.
A Princesa Leia tem agora os planos da Estrela da Morte e sabe como a destruir.”
Adorei este filme.
Este filme proporciona um excelente entretenimento.
Para mim, é um dos melhores filmes de Star Wars: até porque no final, morrem todos.
Fabuloso!
Adorei a ligação ao “próximo filme”: o episódio IV – Uma Nova Esperança, de 1977.
Uma semana depois do tempo deste filme (na linha do tempo de Star Wars), dá-se o próximo filme.
Ao longo do filme, Cassian Andor diz a Jyn que as rebeliões baseiam-se na esperança.
E posteriormente, Jyn diz o mesmo aos líderes da Aliança Rebelde.
No final, a última citação deste filme, creditada à Princesa Leia, fala numa Nova Esperança (para os Rebeldes) – que é o título do filme seguinte na linha do tempo de Star Wars (o primeiro filme, de 1977: o episódio IV).
O final deste filme, com Darth Vader à procura da Princesa Leia, é praticamente o início do próximo filme (na linha do tempo de Star Wars).
A sequência de abertura (com o sumário escrito) do próximo filme, faz referência à vitória dos Rebeldes no roubo dos planos da Estrela da Morte.
Gostei de:
– estar tão ligado à mitologia de Star Wars: o final é soberbo!
– ter vários momentos fabulosos, semelhantes ao da trilogia original.
– a emoção imbuída no filme.
– o humor: semelhante ao da trilogia original (maioritariamente vindo do andróide).
– ser uma história original, e simultaneamente ser familiar, porque tem ligação direta ao episódio IV.
– as imagens (fotografia) belíssimas, de planetas, luas, aneis, etc.
– finalmente se percebeu porque a Estrela da Morte foi tão facilmente destruída no primeiro filme em 1977.
– o facto de ser uma missão suicida, em prol de algo superior a eles.
– o facto de morrerem todos: o que não é normal nos filmes. Normalmente, salvam-se.
– os heróis, neste caso, não são puros: têm vários defeitos, apesar de lutarem por uma causa nobre. São, assim, personagens realistas.
– a alcunha dada por Galen Erso à sua filha Jyn Erso: ele chama-lhe Star Dust (Poeira Estelar). Quem conhece os ensinamentos de Carl Sagan, percebe porque adoro esta alcunha.
– a princesa Leia, jovem, aparecer no final do filme.
O que poderia ter sido melhor:
– eu queria ter visto mais explosões, mais lutas de naves… mais movimento, mais acção.
– os diálogos poderiam ter sido melhores.
– não entendo como 6 pessoas se encontram pela primeira vez e ficam logo amigos.
– a cena do Bhody Rook ficar sem fio é ridícula, e ainda mais ridículo é o problema ter-se resolvido rapidamente.
– Cassian ter “ressuscitado” do que se viu que era a morte certa; não faz qualquer sentido.
É muito interessante pensar no relativismo social e na propaganda que existe no filme.
Nós colocamo-nos no lado dos Jedi.
Mas eles são os Rebeldes.
O Império explica às pessoas que a verdade e a justiça são as ferramentas do Império.
As forças imperiais dizem que combatem o reinado de terror de Saw Gerrera (considerado terrorista).
Ou seja, é basicamente um “país” a combater o terrorismo interno.
O Império diz que quer conquistar toda a Galáxia e construir a super-arma (Estrela da Morte), de modo a que esse Império possa trazer paz e segurança à galáxia.
O Império quer que toda a galáxia viva em paz (sem guerras entre facções) e em segurança (sem terrorismo).
Isto são coisas que todos defenderíamos…
Ou seja, se não existissem terroristas, revolucionários (os rebeldes Jedi), a população da Galáxia poderia ter estabilidade.
É curioso que os “maus” pensam sempre que estão a fazer o bem.
É interessante que nós pensamos sempre que estamos do “lado do bem”, e a avaliação/julgamento que fazemos dos outros é sempre com base no local onde nós próprios nos posicionámos.
Os “outros” são sempre os malvados, os terroristas, os que estão errados, os que querem a guerra.
Se estivéssemos no Império, nós pensaríamos nos Jedi como sendo: os malvados, os terroristas, os que não querem a estabilidade, aqueles que defendem a anarquia.
Apesar do Império impôr a paz pelo medo, pelo autoritarismo, a verdade é que o bem e o mal (pelo menos nos filmes) parecem ser relativos.
É intrigante pensar que nós próprios, na nossa sociedade, podemos estar a ser manipulados, de modo a que pensemos que nós somos “os do bem”, enquanto os outros são os terroristas.
Nas guerras, é sempre isso que se passa. Os “do outro lado” são os inimigos, os que estão errados.
1 comentário
Bom saber! Quando for assistir o filme ficarei atento quanto ao que você comentou. ROCA