O final da vida das estrelas é interessante.
Dependendo da sua massa, a estrela já tem um destino previamente traçado.
As estrelas de nêutrons/neutrões, por exemplo, representam as remanescentes compactas de explosões de supernovas e são constituídas de matéria extremamente densa.
Elas medem cerca de 20 km de diâmetro mas têm uma massa equivalente a um milhão de Terras.
Devido ao intenso campo magnético e à rápida rotação, elas emitem ondas de rádio e raios gama energéticos como se fossem um farol cósmico.
Se esses fachos estiverem apontados para a Terra, a estrela de nêutrons é vista como uma estrela pulsando, e então são chamadas de pulsares.
Descobrir esses objetos não é uma tarefa fácil.
Você precisa de um equipamento específico e mesmo assim, como no caso do Large Area Telescope do Fermi, somente 10 fótons/fotões por dia são detectados.
Para encontrar a periodicidade que caracteriza esse tipo de objeto é preciso analisar uma grande quantidade de dados, e por isso o poder computacional e os métodos de análise de dados também precisam ser bem elaborados.
Os cientistas recentemente usaram o poder computacional do projeto Einstein@Home para analisar anos de dados registados pelo Fermi.
Se essa análise fosse feita num computador caseiro, levaria cerca de 10.000 anos. O Einstein@Home precisou de um ano de análise.
Analisando os dados do Fermi os cientistas primeiramente selecionaram 1000 fontes indefinidas.
Dessas 1000, 118 foram selecionadas para serem analisadas com precisão pelos novos algoritmos.
Das 118 fontes analisadas, os pesquisadores confirmaram a descoberta de 17 novos pulsares, sendo que 13 foram recentemente publicadas.
A maior parte das descobertas foram de pulsares de raios-gama que são relativamente jovens e nasceram de explosões de supernovas que aconteceram entre dezenas e centenas de milhares de anos atrás.
Fontes: Comunicado de Imprensa, Artigo Científico
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