A primeira Explosão Nuclear e a Origem da Lua

Bola de Fogo em Trinity, .025 segundos após a detonação.
Crédito: US Govt. Defense Threat Reduction Agency

Os astrônomos, como investigadores de um crime, vão atrás de evidências, sejam elas na Terra ou no espaço.

Esta descoberta sugere mais evidências para o modelo da Colisão com Teia.

Recentemente um estudo feito no local da explosão do primeiro teste de uma bomba nuclear ajudou os cientistas a tentarem perceberem como a Lua se formou.

Pesquisadores do Scripps Institution of Oceanography da Universidade da Califórnia de San Diego examinaram a composição do zinco e outros elementos voláteis presentes no vidro verde conhecido como trinitita.

Esse é o material formado depois da explosão da bomba atômica de plutônio em 1945, que aconteceu no local de teste de Trinity no Novo México.

Comparado com amostras coletadas mais distantes, o vidro coletado perto do local da detonação mostra uma falta de elementos voláteis como o zinco.
Isso é devido ao zinco ser vaporizado devido às altas temperaturas.

E esse mesmo processo acontece no processo de formação planetária, ou seja, a perda de elementos voláteis e o enriquecimento de isótopos pesados.

Esses mesmos processos aconteceram quando a Terra se chocou com Teia e formou a Lua.

As similaridades entre a trinitita e as rochas lunares estão suportando a chamada Teoria do Grande Impacto para a formação da Lua.

Muito interessante ver que algo testado na Terra há 70 anos atrás, pode ser usado para responder a uma das maiores questões atuais da astronomia: como foi a formação da Lua?

Fonte: Phys.org

1 comentário

    • Nuno José Almeida on 10/02/2017 at 16:01
    • Responder

    Olá Sérgio. Gostaria só de deixar o reparo de que infelizmente no Brasil se passou a usar a palavra colectar como sinónimo de apanhar ou colher mas não quer dizer isso e é um “False Friend” do Inglês Colectar (coletar) que dizer lançar tributo.

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