Os astrônomos, como investigadores de um crime, vão atrás de evidências, sejam elas na Terra ou no espaço.
Esta descoberta sugere mais evidências para o modelo da Colisão com Teia.
Recentemente um estudo feito no local da explosão do primeiro teste de uma bomba nuclear ajudou os cientistas a tentarem perceberem como a Lua se formou.
Pesquisadores do Scripps Institution of Oceanography da Universidade da Califórnia de San Diego examinaram a composição do zinco e outros elementos voláteis presentes no vidro verde conhecido como trinitita.
Esse é o material formado depois da explosão da bomba atômica de plutônio em 1945, que aconteceu no local de teste de Trinity no Novo México.
Comparado com amostras coletadas mais distantes, o vidro coletado perto do local da detonação mostra uma falta de elementos voláteis como o zinco.
Isso é devido ao zinco ser vaporizado devido às altas temperaturas.
E esse mesmo processo acontece no processo de formação planetária, ou seja, a perda de elementos voláteis e o enriquecimento de isótopos pesados.
Esses mesmos processos aconteceram quando a Terra se chocou com Teia e formou a Lua.
As similaridades entre a trinitita e as rochas lunares estão suportando a chamada Teoria do Grande Impacto para a formação da Lua.
Muito interessante ver que algo testado na Terra há 70 anos atrás, pode ser usado para responder a uma das maiores questões atuais da astronomia: como foi a formação da Lua?
Fonte: Phys.org
1 comentário
Olá Sérgio. Gostaria só de deixar o reparo de que infelizmente no Brasil se passou a usar a palavra colectar como sinónimo de apanhar ou colher mas não quer dizer isso e é um “False Friend” do Inglês Colectar (coletar) que dizer lançar tributo.