Raios cósmicos viajam pelo espaço e entram na atmosfera terrestre. Nessa altura, criam inúmeras partículas secundárias bastante energéticas, como neutrões, muões, piões e partículas alfa. Milhões destas partículas atravessam o nosso corpo a cada segundo. Apesar da enorme corrente de partículas energéticas, não parecem ser prejudiciais aos seres vivos.
No entanto, algumas destas partículas podem afectar os circuitos eletrónicos: de computadores, telemóveis/celulares, etc. Quando colidem com circuitos eletrónicos, podem mudar individual bits de dados. Isto é chamado de SEU (Evento Único de Transformação).
Por exemplo, quando um computador crasha, e vemos o ecrã azul, a causa pode ter sido “extraterrestre”.
Claro que podem ser imensas causas para esse problema acontecer, sendo as normais (hardware e software) mais prováveis.
Afinal, uma pessoa que tenha um telemóvel/celular durante 28 anos, de todos os problemas que podem existir durante esses 28 anos, só um poderá ser devido a raio cósmico.
No entanto, apesar da probabilidade baixíssima, por vezes isso acontece mesmo. Por exemplo, em 2003, numa vila da Bélgica, uma máquina de votos deu 4.096 mais votos a um candidato provavelmente devido a um raio cósmico. Não se tem a certeza que o erro tenha sido devido a essa causa, mas pensa-se que poderá ter sido isso. A mesma causa pode ter sido responsável para um avião em 2008 ter retirado automaticamente o autopiloto. Podem existir muitos outros exemplos, mas não se sabe. Nem sequer se pode ter a certeza destes exemplos.
É preciso estudar muito mais os efeitos da radiação cósmica nos sistemas electrónicos.
Para já, como não se sabe com certeza como identificar os erros, e como é impraticável construir muros de betão ao redor dos circuitos electrónicos, o melhor mesmo é duplicar ou triplicar a forma como a informação se processa, tentando desta forma reduzir imensamente os erros. A NASA utiliza este tipo de técnica nos seus sistemas computacionais para ter missões mais seguras.
Ou seja, em termos de indústria, estas causas podem ser problemáticas.
No entanto, consumidores individuais podem estar descansados. Se o meu telemóvel/celular só se estragasse uma vez em 28 anos, eu ficaria super-feliz!
Fonte: Vanderbilt University
5 comentários
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Professor quanto ao PC o que pode ser feito para proteger deste tipo de ameaça?
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Do ponto de vista do utilizador, nada 🙂
Nas pesquisas sobre Neutrinos, era necessário isolar dos raios cósmicos e eles conseguiram,
Para isto tiveram que colocar os equipamentos detectores a 1 kilometro abaixo da superfície.
#ficadica
Ah, então assim sai bem mais em conta comprar um PC novo, fazer um abrigo a 1km abaixo da superfície, esteja bem acima das minhas possibilidades…
Deixa esse negócio aí para os russos ou os estadunidenses, hehehe.
Realmente, alguma influência tem.
Mas não deve ser só com os computadores e SmartPhones, mas também em nós.
E inclusive no momento da fecundação, onde ocorre a formação da primeira espiral de DNA correspondente ao novo ser.
Neste momento podem ocorrer pequenas mutações..