Filme: Vida Inteligente

O filme passa-se na Estação Espacial Internacional, onde uma tripulação de 6 astronautas recolhe uma sonda vinda do planeta Marte com uma amostra do solo marciano.

Essa amostra é de extrema importância, já que contém evidências da existência de vida em Marte: a prova da existência de vida extraterrestre!

De modo a não colocarem em causa o ecossistema terrestre, antes do regresso a casa os seis tripulantes têm de estudar aquela forma de vida.

O ser é colocado em quarentena no laboratório.

O ser está inerte. E fica inerte com mudanças de temperatura.
Quando mudam a atmosfera (para uma atmosfera similar à atmosfera antiga da Terra), com menos oxigénio e mais dióxido de carbono, e lhe dão alimento (um meio de crescimento) – glucose -, o ser começa a mover-se.
O ser deixa de estar hibernado e acorda.

Os astronautas vão percebendo que a forma de vida possui inteligência e consciência.
E, aparentemente, as intenções da criatura é matar os astronautas.
Os astronautas vão morrendo um a um…

Os restantes astronautas têm, assim, que salvar a sua própria vida na Estação Espacial, e não deixar que a criatura vá para a Terra onde poderá aniquilar todas as formas de vida do planeta.

O final tem um twist excelente!

Gostei bastante deste filme.

Adorei a base da história.

Os atores têm atuações excelentes.

Gostei bastante da inclusão da parte educacional, com as escolas a serem incluídas nesta descoberta (“dar nome à criatura”).
Também gostei bastante da parte educacional sobre a vida na Estação Espacial Internacional.

O filme é visualmente excelente: a Terra, a Estação Espacial, o Espaço, etc.

Este é um filme muito realista sobre um possível encontro com uma criatura verdadeiramente extraterrestre.
As interpretações erradas de ambos os lados serão imensas.

Adorei a criatura!
O ser é fabuloso!

Os efeitos especiais que permitem ver a forma (e movimento) da criatura são muito bons.
Gostei que seja parecido aos inteligentes polvos.

Gostei bastante da forma como descrevem a criatura, com cada célula sendo “…all muscle, all brain and all eye.”

O ser aproxima-se do astronauta em vez de se retrair.
“A sua curiosidade sobrepõe-se ao medo” – tal como os humanos!

A forma como ele sai da unidade/caixa de contenção (containment unit) é fenomenal. Muito inteligente!
E depois como sai do laboratório também!

Adorei ele ter atacado o astronauta, entrando nele pelo orifício da boca e dizimando-o por dentro.
Visualmente, a morte do rato é fabulosa!

O ser é mais inteligente que nós, e tem capacidades adaptativas impressionantes.

O final tem um twist excelente: o ser extraterrestre vence! E chega à Terra.
Este é só o segundo filme, em que o alienígena claramente vence.

O ser não é mau, não é a personificação do Mal. Simplesmente está a tentar sobreviver.
Para ele, é uma questão de defesa pessoal.
O acidente atmosférico no laboratório levou o ser a pensar que o queriam matar. Depois, o astronauta andou a eletrocutá-lo. E até o rato o mordeu. De seguida, um outro astronauta, queima-o e tenta incinerá-lo.
Obviamente, nenhum de nós gosta de ser eletrocutado, mordido, queimado ou que nos tirem a atmosfera. Daí que o ser defendeu-se.
Ele só quer sobreviver!

Para sobreviver, o ser extraterrestre tem que matar os humanos que o tentam matar.
Para sobreviverem, os humanos têm que matar o ser extraterrestre que os tenta matar.

A ação, o suspense, as atitudes da criatura são muito semelhantes às do primeiro filme Alien, e funcionam extremamente bem.
Já no filme Alien, o ser não era mau, mas era simplesmente uma mãe a defender as suas crias dos invasores humanos.
Neste filme acontece o mesmo: o ser está a defender-se dos humanos que, na sua percepção, o tentam matar.

Não gostei da tradução do título em português: Life, passou a ser Vida Inteligente.

Não gosto do lema do filme: “Be Careful what you search for” – Tem Cuidado com Aquilo que Procuras.
Percebo a precaução, e compreendo que é um lema publicitário que “vende”.
No entanto, é um lema anti-conhecimento, anti-exploração.
Não se deve ter medo de explorar o desconhecido e com isso, atingir mais conhecimento.

Não entendo porque dizem que o ser precisa de oxigénio senão morre.
Durante o filme vê-se o ser a andar no “vácuo” do espaço sem qualquer tipo de proteção ou problemas.
O filme poderá dar a resposta: a certa altura é dito que o ser talvez possa armazenar oxigénio durante algum tempo. Assim, não precisaria respirar quando está no vácuo. Será que é assim? Não se sabe.
E quanto à pressão? Como o ser pode andar no “vácuo” do espaço, sem qualquer tipo de proteção para manter a pressão a que está habituado?

Não entendo como um ser comprovadamente inteligente, engole um marcador que faz com que os humanos saibam por onde anda.
E como ele engole o marcador? Não faz muito sentido ele engolir algo tão sólido…

É interessante perceber que se tivessem deixado morrer o biólogo inglês Hugh Derry e incinerado o laboratório, teriam contido a ameaça e ninguém mais teria morrido.
Seria heartless (insensível, cruel), mas seria a decisão racional, mais acertada, a tomar.
Por não tomarem essa decisão, morreram os 8 astronautas (incluindo os 2 cosmonautas da Soyuz): Hugh Derry morreu na mesma, juntamente com todos os outros astronautas.

Claro que se tivessem contido a ameaça logo de início, o filme teria poucos minutos…

É curioso ver o ator Hiroyuki Sanada (no papel da personagem Sho Kendo).
A razão é que me lembro de o ver em duas séries com temas relativamente semelhantes: Helix e Extant.

O filme estreou mundialmente no passado dia 18 de Março de 2017 em Austin, no famoso festival South by Southwest. Se sabem onde vivi nos últimos 15 anos, percebem porque acho esta referência interessante.

Por fim, gostei mais do filme Primeiro Encontro.
No entanto, este parece-me mais realista sobre a primeira vez que encontrarmos vida extraterrestre (apesar de que provavelmente não será inteligente).