Uma equipa internacional de astrónomos utilizou o Telescópio Espacial Hubble para observar e analisar pela primeira vez várias imagens de uma mesma supernova do tipo Ia, criadas por uma lente gravitacional.
As quatro imagens de uma estrela em explosão vão ser usadas para medir a expansão do Universo. Isto pode ser feito sem suposições baseadas no modelo cosmológico.
A distante supernova de tipo Ia chama-se iPTF16geu.
A sua luz demorou 4,3 mil milhões (bilhões, no Brasil) de anos para chegar à Terra.
A luz desta supernova foi curvada e ampliada pelo efeito de uma lente gravitacional. Isso criou 4 imagens diferentes da mesma supernova.
Cada imagem chega a nós com uma diferença de tempo em relação às outras (porque a luz não é encurvada da mesma forma). Essas diferenças irão permitir calcular a Constante de Hubble e assim medir a taxa de expansão do Universo com elevada precisão, sem ser preciso fazer suposições sobre a forma da lente ou sobre parâmetros cosmológicos.
As supernovas de tipo Ia têm sempre a mesma luminosidade intrínseca. Por isso, ao medir o seu brilho, os astrónomos conseguem saber a que distância elas estão. Assim, são excelentes para medir a expansão do Universo.
Com a supernova iPTF16geu os astrónomos também conseguem testar algumas das hipóteses e modelos cosmológicos sobre o espaço-tempo.
Encontrar supernovas em lentes gravitacionais é extremamente raro: não só é preciso um alinhamento preciso de objetos, mas as supernovas são visíveis somente durante um pequeno período de tempo.
Fonte: Space Telescope
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