Os exoplanetas são divididos de acordo com sua massa e raio: Júpiteres Quentes, Super-Netunos e aqueles que se parecem mais com a Terra.
Esses exoplanetas são chamados de Super-Terras: possuem 1.6 vezes a massa da Terra e 1.4 vezes o raio do nosso planeta.
Por serem menores do que os outros exoplanetas, são mais difíceis de estudar. Mas são os mais desejados, pois se a busca por vida em outro lugar no universo é um desejo do ser humano, ela deve ser procurada nesse tipo de exoplanetas.
Mas como estudar esses exoplanetas, sem as imagens deles?
Para isso, os cientistas desenvolveram métodos que estudam a atmosfera presente nesses exoplanetas.
Ao estudar a atmosfera, é possível determinar propriedades importantes dos exoplanetas como: densidade, composição química, sua história, e até mesmo a presença de bioassinaturas.
Até então as atmosferas dos Júpiteres Quentes eram bem estudadas e conhecidas e a de exoplanetas menores, não.
Mas agora um grupo de pesquisadores usando um telescópio de 2.2 metros no ESO/MPG acabou de detectar a atmosfera ao redor de uma Super Terra.
O exoplaneta em questão é o GJ 1132b.
Ele orbita a estrela GJ 1132, que é uma anã vermelha, localizada a 39 anos-luz de distância da Terra na constelação da Vela, a cada 1.6 dias.
A descoberta foi feita usando o instrumento GROND e estudando o exoplaneta.
Os pesquisadores notaram que ele parecia maior do que seus modelos indicavam. Isso levou à conclusão da presença de uma atmosfera ao redor do planeta. O planeta se apresentava de tamanho diferente, porque a sua atmosfera é opaca para o comprimento de onda do infravermelho, mas transparente para os demais.
Foram realizadas várias simulações sobre como seria a atmosfera desse exoplaneta e de acordo com os modelos que melhor se ajustaram aos dados, a atmosfera é rica em água e metano.
Além disso, analisando a atmosfera, os pesquisadores concluíram que o exoplaneta pode ser um “mundo de água” com uma atmosfera assustadoramente quente.
A descoberta abre uma porta gigantesca de pesquisa, já que as estrelas anãs do tipo M, são as mais comuns e mostram um alto nível de atividade. Assim, pode-se dizer que as pré-condições para a vida no universo são relativamente comuns.
Fontes: Max Planck Institute for Astronomy, Artigo Científico
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