Surfando na onda do Aglomerado de Galáxias Perseus

Créditos: NASA / CXC / GSFC / S.A.Walker, et al.

Os aglomerados de galáxias são as maiores estruturas do universo onde a gravidade ainda manda.

Estas estruturas gigantescas são muito importantes atualmente para diversos estudos, como por exemplo, buracos negros supermassivos no centro de galáxias gigantescas, matéria escura e a colisão de galáxias.

Assim, ao estudarem os aglomerados de galáxias, os astrônomos podem conhecer cada vez mais e melhor a evolução do próprio universo.

Créditos: NASA / CXC / GSFC / S.A.Walker, et al.

Os aglomerados de galáxias ainda guardam muitos segredos e mistérios que aos poucos vão sendo desvendados.

Um desses aglomerados que apresentam surpresas para os astrônomos é o Aglomerado de Perseus.
Ele tem cerca de 11 milhões de anos-luz de diâmetro, e está localizado a aproximadamente 240 milhões de anos-luz de distância da Terra.

Nesse aglomerado, os astrônomos identificaram algo intrigante: uma estrutura que lembra uma onda com duas vezes o tamanho da Via Láctea, está varrendo o aglomerado.

Para tentar solucionar esse mistério, os astrônomos fizeram uma extensa observação usando o Chandra por 10 dias e combinaram essas imagens com pesquisas diversas, além de utilizarem precisas e complexas simulações computacionais para o total entendimento do fenômeno.

Crédito: John ZuHone / Harvard-Smithsonian Center for Astrophysics.

De acordo com a melhor explicação até ao momento, um pequeno aglomerado de galáxia passou a 650 mil anos-luz do centro do Aglomerado de Perseus. Essa passagem criou uma interação gravitacional que fez com que o gás fosse alterado como o creme jogado numa xícara de café, criando assim uma espiral em expansão de gás.

Essas ondas, na verdade, são versões cósmicas das chamadas nuvens de Kelvin-Helmholtz que acontecem quando existe uma diferença de velocidade na interface dos dois fluidos envolvidos no movimento.
Na Terra essas nuvens são encontradas no oceano, quando o vento sopra sobre a água.

Assim os astrônomos vão conhecendo cada vez mais essas estruturas gigantescas, estruturas essas que podem responder a muitas perguntas importantes sobre a evolução do nosso universo.

Fontes: Chandra Observatory, APOD, Artigo Científico

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