A relação simbiótica entre os buracos negros supermassivos e as suas galáxias hospedeiras é uma das grandes questões da astrofísica moderna.
Para tentar avançar um pouco mais no conhecimento e no entendimento sobre essa relação, pesquisadores usaram o NuSTAR e o XMM-Newton para observar galáxias em fusão.
Quando as galáxias estão em processo de fusão, os buracos negros supermassivos dessas galáxias se aproximam. Uma grande quantidade de poeira e gás nas proximidades dos buracos negros é empurrada para dentro do buraco negro, que começa a se alimentar de forma voraz criando o que os astrônomos chamam de núcleo ativo de galáxias (AGN).
Nos estágios finais de fusão das galáxias, é tanta matéria caindo em direção ao buraco negro, que o AGN acaba ficando encoberto, envolto por um escudo.
O efeito combinado da gravidade das duas galáxias diminui a velocidade de rotação do gás e poeira que estaria orbitando livremente. Essa perda de energia faz com que o material caia na direção do buraco negro.
Quanto mais tempo durar a fusão entre as galáxias, mais encoberto ficará o AGN.
Galáxias que estão há muito tempo se fundindo acabam completamente cobertas por um casulo de poeira e gás.
Para chegar a essa conclusão, os pesquisadores observaram 52 galáxias, sendo que metade estão passando pelas últimas fases do processo de fusão.
Com isso, os pesquisadores confirmaram o que já se desconfiava: os buracos negros supermassivos se alimentam mais, enquanto estão escondidos, nos estágios finais da fusão.
Isso tem uma implicação grande no entendimento da relação entre os buracos negros e suas galáxias, pois eles crescem rapidamente quando as galáxias estão se fundindo.
Como no início do universo, a fusão das galáxias era algo muito mais comum do que é hoje, pode ser que esse processo faça com que os buracos negros supermassivos fiquem realmente massivos no centro das galáxias.
Fontes: NASA, Artigo Científico
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Universo Poroso traz alguma dica para uma nova visão cosmológica.