Primeiros Resultados Científicos da Juno

Polo Sul de Júpiter.
Créditos: NASA / JPL-Caltech / SwRI / MSSS / Betsy Asher Hall / Gervasio Robles

Foram publicados os primeiros resultados científicos da sonda Juno que se encontra na órbita de Júpiter.

Os resultados foram publicados em 2 artigos na revista Science e em 44 artigos na revista Geophysical Research Letters, duas das mais importantes revistas onde os pesquisadores publicam seus trabalhos.

Além disso, a NASA realizou na quinta-feira dia 25 de Maio de 2017 uma teleconferência para divulgar esses resultados.

Esses resultados estão relacionados com a passagem que a Juno fez próxima de Júpiter no dia 27 de Agosto de 2016, quando cruzou os céus de Júpiter a cerca de 4000 km acima do topo das nuvens.

A sonda Juno foi lançada em 5 de Agosto de 2011, e chegou a Júpiter no dia 4 de Julho de 2016.

Ela foi enviada para Júpiter para tentar resolver alguns mistérios sobre o maior planeta do nosso Sistema Solar.

Júpiter guarda os segredos de como o nosso sistema solar foi formado e para isso é preciso investigar a fundo o planeta.

Vou tentar resumir aqui alguns dos principais pontos desses resultados científicos.

Créditos: NASA / SWRI / MSSS / Gerald Eichstädt / Seán Doran

As imagens da JunoCam mostraram tempestades com as dimensões do planeta Terra.
As imagens mostraram também que o polo sul do planeta é diferente do polo norte.

Por que isso acontece, como essas tempestades se formam?
Essa e outras questões ainda precisam ser melhor investigadas.

O Radiômetro de Microondas da Juno mostrou surpresas em relação à concentração de amônia nas nuvens do planeta.
Nós sabemos que as nuvens são formadas na sua maioria por gelo de água e gelo de amônia, mas como essa amônia está concentrada abaixo das nuvens só agora foi revelada.

A amônia se concentra num cinturão a cerca de 350 km abaixo do topo das nuvens, e à medida que se eleva nas nuvens a sua concentração vai diminuindo. Isso obviamente pode influenciar a formação das nuvens.

O magnetômetro da sonda Juno, mediu com precisão pela primeira vez o campo magnético do Gigante Gasoso, e esse campo é dez vezes mais intenso do que o campo magnético terrestre, superando o campo estimado anteriormente em 7.766 Gauss.

Esse campo pode ser gerado por um dínamo localizado logo acima da camada de hidrogênio metálico de Júpiter.

A Juno também fez imagens impressionantes das auroras de Júpiter.
Esse era um dos principais objetivos da missão: entender as auroras do planeta

Pela primeira vez, foram feitas imagens do polo sul completo e das auroras do planeta.

A Juno descobriu que as 4 luas Galileanas deixam marcas, assinaturas, pegadas. Isso altera o comportamento da aurora.
As auroras são o resultado da interação das partículas carregadas com o campo magnético intenso do planeta.

Além de tudo isso, todos destacaram o facto da comunidade estar participando de forma ativa no processamento das imagens obtidas pela JunoCam e muitas outras propriedades de Júpiter foram estudadas.

A Juno continua na sua órbita de 53 dias ao redor de Júpiter e a próxima passagem perto do planeta, chamada de Perijove, acontecerá no dia 11 de Julho.
Nessa passagem, a sonda passará sobre uma das feições mais icônicas de Júpiter: a Grande Mancha Vermelha, a tempestade secular que está presente no topo das nuvens do planeta.

Fontes: NASA, NASA, Juno

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