A missão MESSENGER da NASA foi incrível e revelou muitos segredos de Mercúrio.
Agora chegou a hora da Europa e do Japão irem até ao planeta Mercúrio.
As agências espaciais do Japão (JAXA) e da Europa (ESA) se uniram para a missão BepiColombo.
A missão é composta por dois módulos orbitais: o Mercury Magnetospheric Orbiter (do Japão) e o Mercury Planetary Orbiter (da ESA).
Os dois serão levados até Mercúrio pelo Mercury Transport Module.
Esse módulo de transporte utilizará uma combinação de propulsão elétrica com assistências gravitacionais da Terra, Vênus e Mercúrio, para completar uma viagem de 7.2 anos até ao planeta mais interno do nosso Sistema Solar.
Quando chegarem em Mercúrio, os módulos orbitais irão se separar e cada um entrará na sua órbita específica para fazer medidas complementares do interior, da superfície, da exosfera e da magnetosfera de Mercúrio.
As informações serão essenciais para nos contarem mais sobre a origem e evolução do planeta mais próximo do Sol, e consequentemente sobre a evolução do nosso Sistema Solar como um todo.
Esta semana, a ESA apresentou de forma oficial as naves e mostrou que elas estão entrando nos testes finais.
O lançamento está previsto para acontecer em Outubro de 2018, direto da base de Kourou na Guiana Francesa, a bordo de um foguete Ariane 5.
A sonda já passou pelos testes de vibração, que imitam o lançamento.
Nas próximas semanas, os conjuntos serão separados para os últimos testes na câmara de vácuo, onde serão reproduzidos os ambientes próximos a Mercúrio.
Em Março de 2018 acontecem as avaliações finais, e então tudo é empacotado e mandado para a Guiana Francesa para o lançamento.
Será muito interessante termos outra nave na órbita de Mercúrio: é um mundo misterioso, pouco estudado, pouco visitado por sondas, porém muito importante para o entendimento da evolução do nosso sistema planetário.
1 comentário
Pena que o tempo de viagem é de 7.2 anos para chegar em Mercúrio.(Muito tempo em se tratando de Mercúrio)
Com esse tempo de viagem (normalmente) daria para chegar nas luas de Júpiter e deixar os satélites em suas órbitas por lá mesmo. Igual a Dawn ficou em Ceres.