Os astrônomos anunciaram a descoberta da menor estrela já conhecida.
Menor, não de menos massa. Menor em raio.
O que importa para virar estrela é o objeto ter massa suficiente para dar início ao processo de fusão nuclear.
A estrela recém-descoberta é chamada de EBLM J0555-57Ab, está localizada a aproximadamente 600 anos-luz de distância da Terra e é parte de um sistema binário.
A estrela tem 84% do raio do planeta Júpiter, 8% do raio do Sol, e tem uma massa que é 85 vezes maior que a massa de Júpiter, e 0.081 vezes a massa do Sol.
Seriam necessários 80 Júpiteres para termos uma estrela.
Assim, essa estrela está praticamente no limite.
A estrela foi descoberta por meio de um projeto que na verdade é feito para descobrir exoplanetas, chamado WASP.
Às vezes quando uma estrela sofre um trânsito, não é por conta de um planeta necessariamente, pode ser uma anã marrom ou pode ser uma estrela companheira.
E foi isso que aconteceu.
A estrela recém-descoberta passou na frente da estrela maior do sistema.
Usando a técnica do efeito Doppler e o espectrógrafo CORALIE, os astrônomos conseguiram descobrir a pequena estrela.
A estrela tem uma massa comparável à estrela TRAPPIST-1, aquela dos 7 exoplanetas, mas seu raio é 30% menor.
Embora essas pequenas estrelas sejam numerosas no universo, elas são difíceis de serem descobertas devido ao tamanho e ao brilho reduzido.
Esse projeto que descobriu a estrela tem uma importância muito grande, pois traça a metodologia para a realização de outras descobertas, e isso é muito importante para que os astrônomos possam ter também a ideia da história evolutiva das estrelas. Para isso é preciso conhecer, desde a menor até à maior estrela.
Fontes: Phys.org , Artigo Científico
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