Grande Mancha Vermelha de Júpiter
A APOD de hoje traz uma imagem da Grande Mancha Vermelha de Júpiter vista de perto pela sonda Juno no passado dia 11 de Julho.
Podem ver mais imagens desta famosa mancha neste nosso artigo.
Esta é a maior tempestade do sistema solar, tendo um diâmetro de mais de 16 mil quilómetros (maior que a Terra)… e está a diminuir de tamanho.
Fontes: APOD, AstroPT
Related
Carlos Oliveira
Carlos F. Oliveira é astrónomo e educador científico.
Licenciatura em Gestão de Empresas.
Licenciatura em Astronomia, Ficção Científica e Comunicação Científica.
Doutoramento em Educação Científica com especialização em Astrobiologia, na Universidade do Texas.
Foi Research Affiliate-Fellow em Astrobiology Education na Universidade do Texas em Austin, EUA.
Trabalhou no Maryland Science Center, EUA, e no Astronomy Outreach Project, UK.
Recebeu dois prémios da ESA (Agência Espacial Europeia).
Realizou várias entrevistas na comunicação social Portuguesa, Britânica e Americana, e fez inúmeras palestras e actividades nos três países citados.
Criou e leccionou durante vários anos um inovador curso de Astrobiologia na Universidade do Texas, que visou transmitir conhecimento multidisciplinar de astrobiologia e desenvolver o pensamento crítico dos alunos.
7 comentários
Passar directamente para o formulário dos comentários,
“SE ele existir, e o vulcão vier daí, então esse vulcão terá que passar por dezenas de milhares de quilómetros sempre “para cima” (ou seja, no sentido oposto à gravidade)… e num planeta com uma imensa pressão e gravidade, o que faria dele um vulcão praticamente invencível.”
Sim o vulcão seria imenso, aí compreendo oq o Doutor Barnes diz, ele diz que oq existe é um vulcão atmosférico que fica acima de um vulcão real.
Author
Um “túnel atmosférico” faz mais sentido… como existem na Terra sem atingirem o solo.
abraços
Mas nunca vimos um “Túnel Atmosférico” que também são conhecidos como Furação, Tufão ou Ciclone nunca saia do mesmo lugar.
Explicar, porque um vórtice fica sempre no mesmo lugar é bastante fácil.
Isto é explicado com uma formação de calor abaixo dele.
Outro dia vim aqui a falei que acreditava que existia um vulcão abaixo da grande mancha vermelha de Jupiter.
Mas não acharam apropriado o comentário.
Retorno a fazer a mesma afirmação e gostaria que fosse publicado.
Agora venho reforço.
Um vídeo onde o Doutor Barns (não tenho certeza o nome) faz uma afirmação semelhante.
Como pode ser visto aqui => https://www.youtube.com/watch?v=eNYQE8TVHFU&t=316s
Author
O seu comentário está publicado no post respectivo, que até tem um link neste artigo.
Por isso, não entendo porque diz que não o achamos apropriado nem sequer entendo o porquê da referência “gostaria que fosse publicado”.
Quem é o doutor Barns?
Ouvi aquele vídeo por 5 segundos, vindo de um programa do canal História (o que nos dá vários programas pseudo), onde é dito “mas é apenas uma teoria”. Ora, essa expressão é uma completa imbecilidade, como já explicamos aqui por várias vezes.
Quanto ao vulcão, seria necessário explicar um vulcão num planeta gasoso… além de ser necessário explicar como essa ideia surgiu, em termos racionais… e não simplesmente “atirar barro à parede porque sim”, tal como dizer que “a Mancha Vermelha é uma avestruz que veio da 5ª dimensão e que está a rodopiar a cabeça”.
A ideia do “vulcão” tem mais evidências do que esta da “avestruz”? Não me parece…
abraços
Já é ponto pacífico que Júpiter tem um núcleo, apesar de não termos como detecta-lo por enquanto.
Inclusive foi teorizado que o núcleo seria feito na sua maioria de hidrogênio metalizado.
Até já foi feito um experimento, criando este material para ser analisado e se encontrou um campo magnético fortíssimo criado por este material.
E isto explicaria também a anormalmente grande magnetosfera de Júpiter.
Eu já creio que exista deformações neste núcleo e exista uma emanação constante como um limão sendo exprimido, parecido com o que vemos em Encelados mas em proporção muito maiores.
Sabemos que a grande mancha vermelha de Júpiter não se desloca longitudinalmente, o que contraria a hipótese de ele ser um furacão. Afinal furacões tem trajetos bem variados, eles nunca ficam no mesmo lugar.
Já teria sido verificado que a rotação da mancha vermelha teria um período diferente da do planeta em si, no caso com uma hora de diferença.
Por outro lado, sabemos que podem existir camadas com rotações internas diferentes, isto ocorre inclusive no nosso planeta.
No vídeo Doutor Barns fala rapidamente da sua hipótese e ainda diz que ele seria provocado por um vulcão atmosférico.
Já eu discordo deste aspecto, creio que seja algo bem mais parecido com um vulcão que conhecemos.
Mas também bem diferente devido às suas proporções.
Se alguém quiser me dar uma resposta. Gostaria que fosse no sentido de alguma alegação para contrariar a hipótese de que existe um vulcão abaixo a Grande Mancha Vermelha de Júpiter.
Ou claro, pode ser alguma informação para fortalecer esta hipótese.
Qualquer coisa falada só poder ficar no âmbito da teoria mesmo, afinal não temos ainda como levantar as informações necessárias.
Soube que uma das possíveis missões da Nasa seria o envio de duas sondas para Júpiter, que enviariam lasers fortíssimos que atravessariam a atmosfera do planeta e ao ser detectado o lazer na outra sonda, se obteria informações da composição do planeta.
E também se poderia deduzir com toda certeza sobre a existência ou não do núcleo e ainda seu formato.
Também poderia nos dar informações sobre esse possível vulcão.
Author
Ou seja, a sua ideia baseia-se numa hipótese baseada numa hipótese em cima de uma hipótese…
Em primeiro lugar baseia-se na existência de um núcleo, que não há evidências dele, apesar de se assumir que existe.
SE ele existir (o primeiro grande SE), então para si o vulcão vinha daí… ao contrário dos vulcões na Terra que são muito mais “superficiais” e nada têm a ver com o núcleo terrestre.
SE ele existir, e o vulcão vier daí, então esse vulcão terá que passar por dezenas de milhares de quilómetros sempre “para cima” (ou seja, no sentido oposto à gravidade)… e num planeta com uma imensa pressão e gravidade, o que faria dele um vulcão praticamente invencível. Vence praticamente tudo, até a gravidade de Júpiter durante tanto tempo (devido ao tempo que demoraria a atravessar tantas camadas).
(não esquecer que o diâmetro de Júpiter é cerca de 140 mil kms e que o núcelo, caso exista, terá cerca de 14 mil kms somente. Tudo o resto é “planeta para atravessar”).
SE ele existir deverá ser rochoso e de ferro. Hidrogénio metalizado é o núcleo externo.
SE ele existir e emanarem vulcões dele, além do material ter que passar por camadas e camadas de Júpiter, como essas camadas têm pressões diferentes, o material do vulcão teria que “combater a gravidade”, enquanto “combateria a pressão” e as diferentes composições das camadas, incluindo passando por diferentes estados da matéria. O material teria que ser extremamente adaptável e extraordinário… para ir ter sempre ao mesmo local.
Seria um material “milagroso”.
Diz inclusivé isto: “Por outro lado, sabemos que podem existir camadas com rotações internas diferentes, isto ocorre inclusive no nosso planeta.”
Ou seja, sendo este um argumento a favor de isto ser somente um fenómeno atmosférico (tal como no nosso planeta), não entendo como daqui interpreta vulcões do núcleo.
Continuo sem saber quem é o Dr. Barns.
Falácia da Inversão do Ónus da Prova: “Gostaria que fosse no sentido de alguma alegação para contrariar a hipótese de que existe um vulcão abaixo a Grande Mancha Vermelha de Júpiter.”
Seria o mesmo que eu dizer que ficarei com a ideia da avestruz até alguém provar que não existem avestruzes lá…
“Qualquer coisa falada só poder ficar no âmbito da teoria mesmo” – teoria é algo baseado em factos comprovados… nada disto nestes comentários são teorias, mas somente ideias soltas sem quaisquer evidências.
abraços!