Espiando o interior de um berçário estelar

Créditos: Raios-X: NASA/CXC/PSU/L.Townsley et al; Infravermelho: NASA/JPL-Caltech

Apesar de se saber de maneira geral como ocorre o processo de formação de estrelas, vários detalhes ainda estão escondidos.
Escondidos normalmente atrás de espessas nuvens de gás e poeira onde as novas estrelas vão sendo forjadas.

Uma ferramenta interessante para estudar o processo de formação de estrelas é o Observatório Chandra.
O Chandra é sensível aos raios-X. Então ele consegue enxergar o que acontece dentro das nuvens de formação de estrelas. Ele identifica as fontes de raios-X que aquecem o gás a milhões de graus.

Os astrônomos apontaram o Chandra para a W51.
A W51 é uma gigantesca nuvem molecular de formação de estrelas e que está a cerca de 17000 anos-luz de distância da Terra – uma distância considerada pequena em termos cósmicos. Isso faz da W51 um excelente laboratório.

Depois de mais de 20 horas de observação, o Chandra conseguiu identificar mais de 600 estrelas em formação.
O Chandra observou também que essas fontes estão aglomeradas em pequenas concentrações, o que condiz com o processo de formação de estrelas, pois as estrelas se formam em aglomerados estelares.

Nas observações do Chandra, também foi possível identificar uma estrela massiva, isolada, ou seja, não se formando em aglomerado: talvez seja formada pela fusão de várias proto-estrelas.

O processo de formação de estrelas é turbulento e muito complexo.
Aos poucos, observando como esse processo acontece nos diferentes comprimentos de onda, os astrônomos vão decifrando os detalhes de formação das estrelas.

Fontes: Observatório Chandra, Artigo Científico

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