O Monstro do Lago Ness

Vi no canal Odisseia um programa que aconselho que todos vejam.
Chama-se: “Mistérios por Resolver: Ep.4. O Monstro do Lago Ness“.

O episódio está carregado de pensamento crítico, em que todas as evidências são analisadas à luz da tecnologia e ciência atual.

Ainda existem alguns mistérios em Loch Ness, como os resultados dos dados por sonar – apesar de, mesmo estes, continuam a ser desvendados desde o programa.
Mas a verdade é que todas as evidências deram em animais normais (como focas) ou coisas mundanas (como a famosa foto, que é absolutamente falsa).

Mas o que gostei mais no programa foi terem incluído razões culturais e psicológicas, tais como existem em vários outros mitos, como nos OVNIs.

Por exemplo, existiram muitos mais avistamentos de Nessie, uma gigantesca criatura, quando em 1933 saiu o filme de enorme sucesso King Kong, que era sobre uma gigantesca criatura…
Outro ano de inúmeros avistamentos foi 1993, altura em que começou a série X-Files, em que, sobretudo na primeira temporada, se falava muito de criaturas estranhas a viver em locais perto de humanos, como esgotos, lagos e florestas.
Ou seja, Nessie é também um produto cultural…

Nessie é também um produto da psicologia coletiva. E isto diz muito mais sobre nós próprios e sobre as nossas crenças coletivas, do que sobre a “coisa vista”.
No episódio é mostrado um estudo em que as pessoas veem um roubo a concretizar-se. O poder da sugestão faz com que 5 minutos após o roubo, o seu testemunho tenha bastantes inverdades, como dizerem que o ladrão estava a usar um casaco de couro (não estava), tinha uma arma (não tinha), etc. O estudo mostra que as pessoas não estão a mentir, mas facilmente se enganam nos seus testemunhos.