No centro desta imagem vê-se o objeto designado como A/2017 U1. As estrelas no background aparecem como linhas, porque o telescópio estava a acompanhar o rápido objeto.
Ele passou perto do Sol, a grande velocidade, a 9 de Setembro passado e relativamente “perto” da Terra a 14 de Outubro.
Por “perto” da Terra, entenda-se: a 24 milhões de quilómetros da Terra, ou seja, a mais de 60 vezes mais longe da Terra do que a Lua.
O objeto parece ser um asteroide, já que não apresentou sinais de atividade cometária. Mas pode ter sido um cometa no passado.
O asteroide A/2017 U1 tem cerca de 400 metros de diâmetro e viaja a uma velocidade média de 25 km/s, o que é uma velocidade normal para um asteroide.
Após passar perto do Sol, devido à gravidade, a sua velocidade passou para 44 km/s.
No entanto, a sua órbita extremamente hiperbólica (longe do plano dos planetas) faz com que se infira que o objeto é na verdade um visitante interestelar. Ou seja, um objeto que veio de outra estrela, que foi ejetado desse sistema estelar durante a sua formação e que viajou milhões de anos pelo espaço entre estrelas, que pela primeira vez orbitou o Sol, e que agora vai novamente para fora do sistema solar para nunca mais voltar.
No entanto, não existe ainda confirmação que ele veio de outra estrela…
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Em uma outra matéria sobre o mesmo asteroide soube que a direção de onde teria vindo este asteróide teria sido da direção da constelação de Lyra.
A estrela mais próxima conhecida nesta direção é a estrela Vega que esta a 25 Anos Luz.
O caso mais longínquo já observado de um astro orbitando uma estrela foi de 2 anos luz.
Então podemos concluir que seria impossível ter vindo de Vega.
Pesquisei um pouco mais e encontrei a “LSR J1835+3259” que esta a 18 Anos Luz e me parece muito distante também.
Creio que uma distância máxima viável seria de no máximo 4 Anos Luz.
Então se ela é mesmo uma visitante interestelar é de alguma anã escura em no máximo 4 anos luz.
E haveria possibilidade de virem outros visitantes do mesmo lugar e inclusive alguns maiores, mas poderia demorar até milhares de anos, considerando que seria raro um astro estar assim tão longe da sua estrela e que astros assim longínquos tem orbitas de milhares de anos.
Mas para poder ter uma maior certeza sobre isto teríamos que conhecer a estrela de origem e considerar seu movimento relativo ao nosso sistema solar.
[…] Os astrónomos estudaram pela primeira vez um asteróide que entrou no Sistema Solar vindo do espaço interestelar. […]