Desde a descoberta de Proxima b, vem se falando sobre a possível habitabilidade desse exoplaneta.
Muitos estudos já foram feitos sobre esse tema, e o principal problema todos nós já sabemos: embora esteja na zona habitável da sua estrela, Proxima Centauri, devido a essa estrela ser uma anã vermelha, ela é muito mais ativa do que o Sol.
Além disso, Proxima b está bem perto da estrela.
Isso faz com que as condições no exoplaneta não sejam tão ideais assim para que ele seja habitável.
Agora, mais um estudo mostra problemas para a habitabilidade do Proxima b.
Um grupo de pesquisadores resolveu rodar simulações onde Proxima b apresentasse a mesma atmosfera da Terra, para ver o que aconteceria.
O modelo gerado pelos pesquisadores tem a mesma atmosfera da Terra e o mesmo campo magnético da Terra.
Com base nas observações feitas pelo Chandra, os pesquisadores puderam também carregar o modelo com a radiação emitida pela estrela.
Com isso, eles puderam entender quanto da atmosfera pode ser perdida e a velocidade dessa perda.
O modelo mostrou que a radiação de Proxima Centauri drenaria uma atmosfera parecida com a Terra, 10 mil vezes mais rápido do que acontece na Terra, na órbita do Sol.
Os pesquisadores analisaram dois aspetos principais.
Um é a termosfera. À medida que a termosfera aquece, com uma maior radiação estelar, o escape da atmosfera aumenta.
O outro ponto é a calota polar. Os planetas são mais sensíveis aos efeitos magnéticos nos seus polos. Quando as linhas de campo magnético se abrem, a atmosfera se perde com maior facilidade.
Os cientistas mostraram que com as temperaturas mais altas na termosfera e com as linhas de campo completamente abertas, Proxima b perderia uma quantidade de atmosfera igual à da Terra em 100 milhões de anos.
Quando os cientistas modelaram com temperaturas mais baixas e linhas de campo fechada, o escape da atmosfera levou 2 bilhões de anos.
Essas condições fazem com que seja complicado que esses exoplanetas como Proxima b tenham condições para a habitabilidade.
Mas, nem tudo está perdido.
Se existir nesses planetas algo como uma grande atividade vulcânica, ou um grande bombardeio de cometas, a atmosfera poderia ser mantida.
Mas isso é assunto para outro estudo.
O interessante é que a descoberta desses exoplanetas fez com que os cientistas estudassem outro aspeto da habitabilidade: a perda atmosférica no contexto da física estelar.
É impressionante como a ciência evoluiu de forma rápida.
Fonte: NASA
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