Estudo mostra que a Lua já teve atmosfera

Créditos: NASA / MSFC

A Lua, o nosso único satélite natural, guarda ainda muitos segredos.
Embora seja o objeto mais próximo da Terra, nós sabemos pouco sobre ele.

A sua origem ainda não é algo certo e como foi o passado do nosso satélite é algo que precisa ser desvendado aos poucos.

No passado muito distante, quando o interior da Lua ainda estava quente, gerando plumas magmáticas, o basalto surgia na superfície e fluía por centenas de quilômetros.
Depois de resfriar, esses derramamentos basálticos formaram o que chamamos hoje de Mares.

Para a nossa sorte, algumas missões Apollo pousaram nesses mares e então temos amostras de rochas para serem estudadas.
Quando os pesquisadores analisaram essas rochas, eles descobriram que esse magma carregava gases, como monóxido de carbono, enxofre e outros elementos voláteis.

Um trabalho recente mostrou que esses gases que vieram à superfície junto com o basalto se acumularam ao redor da Lua formando uma atmosfera.
Isso mesmo: no passado a Lua teve uma atmosfera!

A atmosfera lunar teve sua maior espessura no pico de atividade vulcânica na Lua há cerca de 3.5 bilhões de anos atrás.
Essa atmosfera persistiu por cerca de 70 milhões de anos antes de ser perdida para o espaço.

Os dois maiores eventos de libertação de gases ocorreram quando os mares da serenidade e o imbrium eram preenchidos por basalto, o que aconteceu há 3.8 e 3.5 bilhões de anos.

Isso muda a visão que temos da Lua: de um corpo sem ar, sem nada; para um objeto que teve uma atmosfera considerável durante um bom tempo.

A implicação maior disso está no facto de que a quantidade de água que surgiu na superfície lunar foi muito grande, e essa água pode hoje estar aprisionada nas crateras lunares. Não só água, mas também outros elementos voláteis. E isso pode servir como ar e combustível para futuros astronautas que explorarem a Lua, além de ajudar a abastecer naves para missões mais distantes.

Pesquisar a Lua é muito importante, entender o máximo sobre o nosso satélite natural é crucial e essas mudanças de paradigma podem guiar a próxima geração da exploração espacial.

Fonte: Phys.org

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