O Telescópio Espacial Hubble possui um projeto de observação chamado Frontiers Field, onde sete aglomerados de galáxias foram escolhidos para serem estudados em detalhe.
O estudo desses aglomerados é muito importante para entendermos mais sobre o universo distante, já que esses aglomerados agem como boas lentes gravitacionais.
Como parte desse programa, o Hubble observou o aglomerado de galáxias conhecido como Abell 370.
Ao processar as imagens, os astrônomos tiveram uma surpresa: rastros em forma de S apareceram nas imagens.
Esses rastros são asteroides localizados bem mais próximos da Terra do que as centenas de galáxias do aglomerado.
Os astrônomos conseguiram detectar 22 asteroides nas imagens.
Desses, 5 são inéditos: nunca haviam sido observados antes por serem muito ténues.
A forma em S da trajetória observada nas imagens se deve à paralaxe, pois para fazer esse tipo de imagem o Hubble fica fazendo exposições bem longas e viajando ao redor da Terra. Assim, contra o fundo de galáxias, a trajetória dos asteroides parece um S distorcido.
Um facto curioso é que os asteroides foram descobertos manualmente. Os astrônomos ficaram analisando exposições consecutivas usando a técnica de “blinking”” e assim descobriram um asteroide único para cada 10 a 20 horas de exposição.
Está aí uma maneira nova de se descobrir asteroides.
Parabéns ao Hubble que mais uma vez nos surpreende.
Fonte: NASA
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