ALMA descobre galáxias massivas no Universo primordial

Créditos: NRAO / AUI / NSF; D. Berry

Quando falamos no universo primordial – dentro do primeiro bilhão de anos depois do Big Bang – não esperamos encontrar objetos muito grandes e desenvolvidos.
Espera-se encontrar galáxias mal organizadas que lembram as galáxias anãs observadas no universo atual, e essas aglomerações de estrelas com o passar do tempo é que dão origem às galáxias maiores.

Mas no vídeo anterior já falei do buraco negro supermassivo descoberto antes do primeiro bilhão de anos do universo.
E agora venho mostrar para vocês um estudo que também foi publicado na Nature sobre duas galáxias descobertas pelo ALMA que contrariam a premissa inicial. São galáxias bem desenvolvidas e com uma grande quantidade de estrelas.

Essas galáxias foram identificadas primeiramente como uma fonte única em estudos anteriores.
Mas graças ao poder do ALMA e também ao facto de usar uma lente gravitacional, pôde-se concluir que na verdade são duas galáxias.

Uma delas tem cerca de 270 bilhões de vezes a massa do Sol em gás e cerca de 3 bilhões de vezes a massa do Sol em poeira. Ela forma estrelas a uma taxa de 2900 massas solares por ano.
A outra é um pouco menor. Tem cerca de 35 bilhões de vezes a massa do Sol e está formando estrelas a uma taxa de 540 massas solares por ano.

As duas galáxias estão extremamente próximas, a uma distância menor do que a distância da Terra até ao centro da Via Láctea. Elas estão prestes a se fundir para formar uma galáxia maior, como é o esperado que aconteça à medida que o universo evolui.

Os pesquisadores conseguiram também detectar um halo massivo de matéria escura ao redor das galáxias. Na verdade, esse é o halo mais massivo de matéria escura já encontrado no universo.

O ALMA já está trabalhando com outras fontes previamente identificadas como fontes únicas para tentar encontrar mais galáxias desse tipo no universo primordial.
Entender o universo primordial é de suma importância para se entender como o universo evoluiu e até mesmo como ele se formou.

Fonte: ALMA Observatory

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