Par de Buracos Negros pode nascer dentro de estrelas moribundas?

Imagem artística da propagação de ondas gravitacionais a partir de dois buracos negros a colidirem dentro de uma estrela.
Crédito: Kyoto University, Joseph M. Fedrow

Desde a primeira descoberta das ondas gravitacionais, se fala que isso mudou a astronomia, abriu uma nova janela para a astronomia.
Mas isso às vezes pode deixar as pessoas confusas.

As ondas gravitacionais, além de provarem parte da Teoria Geral da Relatividade de Albert Einstein, permitiu que os pesquisadores pudessem detectar diretamente a presença de buracos negros e descobrir que os buracos negros de massa estelar realmente existem.

Porém, como em muitos campos da ciência, quando você responde uma pergunta, você cria muitas outras, e nesse caso não é diferente.

Uma pergunta muito importante que os pesquisadores fizeram foi: qual a origem desses buracos negros?

Lembro que as ondas gravitacionais foram geradas pela fusão de dois buracos negros de massa estelar.

Uma hipótese foi de que os buracos negros pudessem ser formados durante a fragmentação dinâmica do núcleo interno de uma estrela que estava passando por um colapso gravitacional.
Assim, dois fragmentos poderiam se transformar em buracos negros, que orbitariam um ao outro até se fundirem gerando as ondas gravitacionais.

Para testar essa ideia, um grupo de pesquisadores usou supercomputadores e códigos extremamente complexos onde a base são as equações da relatividade geral.
Após longas horas de execução dos códigos, os resultados puderam ser analisados pelos pesquisadores, comparando com os dados das observações feitas pelo LIGO.

Num ambiente com baixa densidade de estrelas, os resultados batem perfeitamente.
Isso mostra que muito provavelmente as ondas gravitacionais foram geradas pela fusão de buracos negros de massa estelar, originados de uma estrela em colapso gravitacional e em uma região vazia do espaço (com pouca densidade de estrelas ao redor).

Essa é a nova astronomia tão falada quando as ondas gravitacionais foram descobertas.
Os buracos negros começam a ser estudados com detalhes sem precedentes.

Fontes: Phys.org, artigo científico

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