Vamos falar de buracos negros e da sua relação com suas galáxias hospedeiras, algo que precisa ser entendido para que possamos entender bem a evolução das galáxias e do próprio universo.
A maior parte das galáxias massivas possuem no seu centro um buraco negro supermassivo.
Quando esse buraco negro supermassivo está em processo ativo de acreção de matéria, ele é chamado de um núcleo ativo de galáxia. Nesse caso, parte da matéria, ao invés de cair no buraco negro, é acelerada por meio de jatos relativísticos que cortam a galáxia. Esses jatos de matéria ao passarem pelo gás e pela poeira que formam estrelas nas galáxias, esquenta essa região e acaba inibindo o processo de formação de novas estrelas.
Os astrônomos sempre usaram essa ideia nas suas simulações.
Mas agora eles conseguiram evidências observacionais para a relação entre os buracos negros supermassivos e a formação de estrelas em suas galáxias.
Os pesquisadores estudaram galáxias massivas com buracos negros supermassivos centrais, analisaram o movimento das estrelas no centro das galáxias e também determinaram a taxa de formação de estrelas.
Eles descobriram que a taxa formação de estrelas está relacionada com a massa do buraco negro supermassivo central: galáxias com buracos negros maiores tiveram sua formação de estrelas parada antes e mais rápido do que naquelas com buracos negros menores. Quanto mais matéria um núcleo ativo de galáxia ganha, mais energia ele liberta em seus jatos e isso faz com que a formação de estrelas seja inibida mais rapidamente.
Os pesquisadores continuarão esse tipo de estudo para entender em detalhe o mecanismo que faz com que os buracos negros controlem a formação de estrelas nas galáxias, mas o mais importante é que o que antes era somente uma suposição, agora tem evidências observacionais e pode ser usado com mais tranquilidade nos modelos de formação e evolução das galáxias.
Fonte: Phys.org
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